Um conceituado professor de matemática foi retirado, para interrogatório, do avião que ia ligar Filadélfia e Siracusa, nos EUA. A passageira sentada ao lado de Guido Menzio julgou que as equações diferenciais que o professor assentava num papel fosse uma mensagem terrorista.
O preconceito da mulher, de acordo com o The Washington Post, foi alimentado pela aparência do docente, de cabelo escuro e pele morena, e pela concentração com que trabalhava nos ‘rabiscos’ e ignorava as conversas alheias.
Julgando que o ‘terrorista’ estaria a escrever mensagens em árabe, a passageira abordou discretamente um elemento da tripulação, a qual entrou depois em contacto com as autoridades.
Guido Menzio, um prestigiado economista italiano que dá aulas em três universidades norte-americanas (Pensilvânia, Princeton e Stanford), foi retirado do avião da American Airlines e levado para interrogatório.
O professor, nascido em 1975 e que já foi distinguido com o prémio Carlo Alberto Medal em Itália, não tardou a ‘ensinar’ à polícia de que a ‘mensagem terrorista’ era a base da conferência que iria dar em Siracusa, explicando as equações diferenciais que tinha escrito no papel e esclarecendo o imbróglio.
O excesso de zelo da passageira e o rápido interrogatório ao suspeito ‘árabe’, que afinal era um prestigiado professor italiano, levaram a que o voo partisse com duas horas de atraso.
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