O falso ataque foi denunciado por um professor, que estava sozinho na sala de aula de uma escola onde leciona há mais de 20 anos.
Segundo relatou à polícia, um homem entrou vestido com traje militar, mas sem armas de fogo. Transportava apenas objetos cortantes, botas militares e luvas.
O professor, que estaria a preparar a aula, segundo contou às autoridades, foi atacado e apresentava ferimentos no pescoço e na barriga.
A história parecia verdadeira, mas um detalhe acabou por deitá-la por terra. O docente contou que o homem gritou uma frase, antes de deixar o local. “É o Daesh”, teria dito.
Só que os jiadistas do Estado Islâmico não se apresentam como tal. Em Árabe, a sonoridade da palavra “daesh” é muito parecida com a de vocábulos que têm, para os terroristas, um sentido pejorativo.
Nenhum jiadista do califado se autoproclama membro do Daesh. A denominação que dão à organização terrorista é “Estado Islâmico”, porque se consideram um estado.
Este detalhe na história do professor de 45 anos fez com que os investigadores insistissem num segundo interrogatório.
Certo é que o professor espalhou o medo num país que ainda se ergue dos atentados do Daesh, em novembro passado. A escola foi encerrada e a polícia montou um perímetro de segurança e uma caça ao homem.
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