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Primeiro dia de greve dos guardas prisionais com adesão a rondar 80 por cento

A adesão dos guardas prisionais à greve nacional, que hoje se iniciou e se prolonga até terça-feira, foi de cerca de 80 por cento, segundo dados do Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP), que convocou o protesto.

A greve, iniciada às 00:00 de hoje, afetou os três turnos de serviço dos guardas prisionais (00:00 às 08:00, 08:00 às 16:00 e 16:00 às 24:00) em diversas prisões, tendo atingido uma adesão máxima (100 por cento) no Estabelecimento Prisional (EP) de Guimarães, EP de Angra do Heroísmo (Açores) e EP da PJ Porto.

EP Braga (adesão de 94,70 por cento), EP Caxias (94,80 por cento), EP Covilhã (95,50 por cento), EP Faro (91 por cento), EP Guarda (98 por cento), EP Leiria para reclusos jovens (97,50 por cento), EP Lisboa (98,80 por cento), EP Montijo (92,80 por cento), EP Paços de Ferreira (98,20 por cento), EP Sintra (91,30 por cento), EP Santa Cruz do Bispo/masculinos (91,10 por cento), EP Torres Novas (93,30 por cento), EP Vale de Judeus (94 por cento) e EP Viana do Castelo (94,70 por cento) foram cadeias que registaram uma adesão superior a 89 por cento, indicam dados do sindicato.

As adesões mais baixas ocorreram nos Estabelecimentos Prisionais de Ponta Delgada (34,60 por cento), Setúbal (40 por cento) e Chaves (41,20 por cento).

A greve foi marcada em protesto contra o novo horário de trabalho e o atraso no descongelamento dos escalões, entre outras reivindicações.

Apesar de a greve abranger as 24 horas diárias em cada EP, durante este protesto os guardas prisionais comprometeram-se a assegurar as diligências relacionadas com a deslocação de reclusos aos hospitais e aos tribunais, quando isso for necessário.

Ao nível do funcionamento interno das cadeias, disse à Lusa na sexta-feira o presidente do SNCGP, Jorge Alves, a greve provocará o cancelamento do trabalho dos reclusos (com exceção do trabalho efetuado para empresas), pelo que, em alternativa, ficarão na cela ou no recreio durante esse horário.

Alimentação e medicação dos reclusos, sendo necessidades básicas, são também asseguradas pelos guardas durante a greve de quatro dias, mas os reclusos terão eventualmente as duas visitas semanais, com a duração de uma hora, reduzidas a apenas uma visita semanal.

Além de contestar o horário de trabalho e a demora no descongelamento dos escalões, o sindicato reivindica o pagamento do suplemento de turno e a criação de categorias apropriadas, ou seja, de guarda-coordenador e chefe-coordenador.

O universo de guardas prisionais ronda os 4.350 para uma população prisional perto dos 13.000 reclusos.

Lusa

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