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Presidente moçambicano determina passagens à reserva e promove oficiais na polícia

O chefe de Estado moçambicano determinou hoje a passagem à reserva de seis generais da Polícia da República de Moçambique e promoveu outros oito oficiais, informou a Presidência em comunicado.

Trata-se de Armando Canheze,Pedro Matessane, Adriano Mucuapera, João Mahunguele, João Zandamela e Dora Manjate, que passam à reserva, uma decisão que foi tomada sob proposta do Ministério do Interior.

Ao mesmo tempo, num outro despacho presidencial, o chefe de Estado moçambicano, Filipe Nyusi, promoveu Alfredo Mussa e Domingos Francisco Jofane à patente de primeiro-adjunto do comissário da Polícia, no escalão de oficiais generais.

A nota acrescenta ainda que o chefe de Estado nomeou também Artur Chume ao cargo de comandante da Academia Militar “Marechal Samora Machel”, em substituição de Victor Muirequetule, que dirigia a instituição há oito anos.

As mudanças na polícia moçambicana acontecem num momento em que o Governo moçambicano e a Resistência Nacional Moçambicana (Renamo) estão em negociações e há um memorando assinado em agosto entre as partes e que prevê a integração no exército e na polícia de antigos guerrilheiros da maior força de oposição em Moçambique.

O documento, assinado entre o chefe de Estado e o presidente da Renamo, Ossufo Momade, prevê o enquadramento de “10 oficiais para ocupar postos de direção e comando na Polícia da República de Moçambique (PRM)”, mas só depois de um “entendimento referente à sua colocação na orgânica do Ministério do Interior”.

O documento também distribui diversos cargos militares entre a Renamo e o Governo e, ao nível do Estado-Maior General das Forças Armadas, prevê que, de um total de nove departamentos, três sejam entregues a homens do partido da oposição.

O memorando prevê, adicionalmente, que, de um total de 12 repartições do Exército, quatro sejam entregues à Renamo, assim como lhe sejam entregues sete posições em brigadas e batalhões independentes – totalizando 14 oficiais da Renamo a enquadrar nas Forças Armadas de Moçambique.

Em dezembro, o ministro da Defesa nomeou, interinamente, três oficiais da Renamo para cargos de direção nos departamentos de Informação, Comunicação e Operações do exército, mas a principal força de oposição manifestou-se descontente, considerando que o memorando prevê o enquadramento de 14 homens provenientes do partido.

Oficialmente, o atual processo negocial entre o Governo da Frelimo e a Renamo arrancou há pouco mais de um ano, quando Filipe Nyusi se deslocou à serra da Gorongosa, centro de Moçambique, para uma reunião com o então líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que morreu a 03 de maio do ano passado devido a complicações de saúde.

Além do desarmamento e da integração dos homens do braço armado do maior partido da oposição nas Forças Armadas, a agenda negocial entre as duas partes envolvia a descentralização do poder, ponto que já foi ultrapassado com a revisão da Constituição, em julho.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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