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Presidente da TAP diz que auditoria do TdC é “assunto de acionista”

O presidente executivo da TAP escusou-se hoje a comentar a auditoria do Tribunal de Contas (TdC) que aponta uma acrescida “exposição” do Estado português a “contingências adversas” da companhia, mas reafirmou-se “confiante” no desempenho financeiro da empresa.

“Não analisei ainda o relatório e emitir uma opinião preliminar sobre o assunto, ainda mais um assunto que é da esfera dos acionistas, não é adequado para o CEO [presidente executivo]”, afirmou Antonoaldo Neves à margem de uma sessão de balanço da operação da TAP no Porto.

Embora salientando que o relatório do Tribunal de Contas “é um assunto de acionista, não dos executivos”, o responsável recordou que “a TAP foi lucrativa no ano passado” e que o objetivo é “multiplicar por sete vezes o lucro”.

“E como CEO da TAP tenho confiança de que vamos chegar lá. Estou confiante de que temos todas as condições para cumprir o plano de negócios e o orçamento deste ano”, disse.

Destacando que a administração da TAP tem “uma relação ótima com o Estado português”, Antonoaldo Neves ressalvou que “ninguém pode assegurar que nenhuma empresa do mundo não tem risco”, porque “assegurar que não há risco é simplesmente impossível”.

“Há riscos em todos os negócios, faz parte do negócio ter risco e todo o acionista que investe capital num negócio está ciente dos riscos”, sustentou, destacando, contudo, que “também há retorno” e que “todo o acionista busca uma equação adequada de risco e retorno”.

O Tribunal de Contas (TdC) conclui numa auditoria hoje divulgada que o processo de reprivatização e recompra da TAP foi “regular”, mas “não o mais eficiente”, porque as “sucessivas alterações contratuais” agravaram as “responsabilidades do Estado” e aumentaram a “exposição às contingências adversas da empresa”.

Solicitada pela Assembleia da República para avaliar “a regularidade e a salvaguarda do interesse público” na operação de reprivatização e recompra da TAP, a auditoria do TdC recomenda ao Governo que promova “um quadro regulador estável sobre a participação do Estado em empresas de caráter estratégico” e assegure “mecanismos adequados de partilha de riscos, de responsabilidades e de benefícios económicos e financeiros com o parceiro privado”.

“Após a recomposição do capital social a evolução da situação económica e financeira da empresa e as estimativas apresentadas no seu plano estratégico (capitais próprios e resultados líquidos) são positivas. Porém, subsistem os riscos inerentes às obrigações assumidas pelo Estado e as projeções, até 2022, são insuficientes para aferir da sustentabilidade do negócio”, sustentam os auditores.

Lusa

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Lusa

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