Mundo

Presidente da República apela a reforço da CPLP porque não se pode perder tempo

O Presidente da República apelou hoje ao reforço da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), sublinhando que não se pode perder tempo e que o ciclo geoestratégico e político em que se vai entrar a isso obriga.

“Temos de recuperar o tempo perdido, porque é crime perder tempo”, alertou Marcelo Rebelo de Sousa, numa intervenção na sessão de abertura da Grande Conferência de 130.º aniversário do JN “A Falar nos entendemos: A Língua como ativo estratégico”, que decorreu no Palácio da Bolsa, no Porto.

Num discurso dirigido ao presidente de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, país que vai presidir à CPLP dentro de menos de dois meses, o chefe de Estado declarou que partia da cidade do Porto “uma mensagem de apoio”, mas “também de apelo”, de que não se podia perder mais tempo.

“Não podemos perder Estados, não podemos perder poderes políticos, não podemos perder iniciativa económica, não podemos perder instituições sociais, não podemos perder comunicação social, não podemos perder esse tempo”, enumerou, considerando que o “ciclo geoestratégico e político” em que se vai entrar “apela ao reforço da CPLP”.

“O mundo ganha com o reforço da CPLP, porque é um mundo onde o multilateralismo está a ser substituído pelo mundo unilaterista, porque é um mundo cada vez mais imprevisível, porque é um mundo em que se não houver plataformas e pontes e diálogos, há retrocessos e não há avanços e nós queremos avanços feitos todos os dias. Temos que trabalhar para eles”.

Marcelo apelou também a Portugal, para que possa “coadjuvar em termos de secretariado executivo” durante a presidência de Cabo Verde na CPLP.

Todos podem e devem desenvolver “as suas pistas próprias de afirmação”, mas não devem desperdiçar “um trunfo”, que é “irrepetível”, ou seja a “língua portuguesa”, acrescentou.

À saída da conferência, o Presidente da República voltou a ouvir criticas e lamentos de moradores do centro da cidade que se queixavam de estarem a ser despejados das suas habitações.

Um grupo de moradores esperou quase três horas pela saída de Marcelo Rebelo de Sousa para reclamar “a urgência de uma lei” que os proteja.

Acompanhado pelo presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, o chefe de Estado reafirmou “que vai sair em breve uma lei sobre despejos”.

Uma das moradoras, com três filhos menores de idade, chegou mesmo a dizer ao Presidente da República que iria “a qualquer momento” ser posta na rua com as crianças.

Lusa

Partilhar
Publicado por
Lusa

Artigos relacionados

Euro Dreams resultados de hoje: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

Hipertensão arterial: combater o ‘assassino silencioso’ é mais importante do que nunca

Artigo de opinião de Denis Gabriel, Neurologista, membro da Direção da Sociedade Portuguesa do AVC.…

há % dias

Células estaminais: perspetivas terapêuticas promissoras nas doenças inflamatórias

View Post Artigo de opinião da dra. Andreia Gomes, diretora-técnica e de Investigação e Desenvolvimento…

há % dias

16 de maio, Junko Tabei torna-se na primeira mulher a chegar ao topo do Everest

A alpinista japonesa Junko Tabei, que nasceu em Fukushima, a 23 de maio de 1939,…

há % dias

Mover-se (bem) pela saúde do aparelho locomotor

Enveredar pela jornada de perda de peso, quando o objetivo é combater quadros de excesso…

há % dias

Números do Euromilhões: Chave de terça-feira, 14 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 14 de…

há % dias