Cultura

“Flights”, de Olga Tokarczuk, vence prémio Man Booker Internacional

O prémio Man Booker Internacional deste ano foi atribuído ao livro “Flights”, da polaca Olga Tokarczuk, anunciou hoje a organização, que salientou ser a primeira vez que uma autora polaca vence o galardão.

Em comunicado, a organização do prémio, no valor de 50 mil libras (57 mil euros), recordou que o montante da distinção é repartido entre a escritora e a tradutora Jennifer Croft.

“Olga Tokarczuk é vencedora de múltiplos prémios e autora de ‘bestsellers’ na Polónia, cujo trabalho está agora a adquirir reconhecimento no mundo anglófono. Formou-se em psicologia na Universidade de Varsóvia e o seu interesse por Jung continua a influenciar o seu trabalho. O seu primeiro livro, uma coleção de poemas, foi publicado em 1989”, salientou a organização do Booker.

Nascida em 1962, Tokarczuk é autora de oito romances e de duas coleções de contos, sendo também coorganizadora de um festival literário perto da sua casa, no sul da Polónia.

“Flights” é um livro sobre “viagem no século XXI e a anatomia humana”, refere a sinopse da editora.

A obra cruza as histórias de várias personagens como o anatomista holandês do século XVII Philip Verheyen, que existiu na realidade e descobriu o tendão de Aquiles, passando por um escravo tornado cortesão do século XVIII na Áustria, até uma mulher, na era presente, que acompanha o seu marido num cruzeiro nas ilhas gregas, ou a emigrante polaca que foi para a Nova Zelândia na adolescência e tem agora de regressar ao país de origem para envenenar a sua paixão de liceu, com uma doença terminal.

A obra vencedora do prémio este ano foi escolhida a partir de 108 submissões por um painel de cinco jurados, encabeçados pela escritora e comentadora cultural Lisa Appignanesi: o poeta e tradutor Michael Hofmann, o escritor Hari Kunzru, o jornalista e crítico Tim Martin e a escritora e dramaturga Helen Oyeyemi.

Olga Tokarczuk não tem obra publicada em Portugal.

O vencedor do Prémio Man Booker Internacional no ano passado foi o romance do autor israelita David Grossman “A Horse Walks Into a Bar” (“Um cavalo entra num bar”, editado em Portugal pela LeYa/Dom Quixote, numa tradução diretamente do hebraico, por Lúcia Liba Mucznik), traduzido depois para inglês por Jessica Cohen e publicado pela editora Jonathan Cape.

Lusa

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