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“Prefiro mil vezes os credores aos comunistas”, escreve António Barreto

“A ter de ficar nas mãos de alguém, prefiro mil vezes os credores aos comunistas. Destes, sei que não se sai vivo nem livre”, escreve o sociólogo António Barreto, num artigo de opinião publicado no Diário de Notícias. Palavras que prometem fazer correr muita tinta.

António Barreto, homem com ideais de esquerda, assina hoje um artigo de opinião polémico, no Diário de Notícias, onde se manifesta contra uma coligação ou acordo de incidência parlamentar, entre PS e PCP.

Muito crítico para com a atuação dos comunistas ao longo da história da democracia portuguesa, o sociólogo acusa o partido liderado por Jerónimo de Sousa de estar historicamente à margem das soluções democráticas.

“Na verdade, o PCP não faz parte das soluções democráticas. O PCP integra o sistema democrático pela simples razão de que a democracia é o regime de todos, incluindo dos não democratas”, escreve, numa análise aos resultados eleitorais, com ênfase aos derradeiros dias de campanha eleitoral que deixaram fazer prever este impasse.

“Os partidos nas últimas eleições não afirmaram simpatia pelos adversários, antes pelo contrário, elevaram o insulto à categoria de joalharia”, realça.

Sem citar António Costa, o sociólogo manifesta-se contra a solução apresentada à esquerda.

“A ter de ficar nas mãos de alguém, prefiro mil vezes os credores aos comunistas. Destes, sei que não se sai vivo nem livre”, defende.

Mas António Barreto vai mais longe e defende que, “enquanto o PCP se mantiver fiel a tudo quanto o fez viver até hoje, deveremos tratá-lo como todos os comunismos e fascismos: combatê-los com a liberdade”.

Quando a uma solução governativa, Barreto preconiza uma coligação entre PSD e PS, como os dois partidos mais votados.

Havia soluções simples e compreensíveis. Por exemplo, o partido mais votado, PSD, convidava o segundo partido mais votado, PS, para uma “grande coligação” de governo e um “compromisso histórico” que permitissem a saída do ciclo de austeridade, o início de um período de desenvolvimento e a preparação de projectos de investimento”, realça ainda, neste artigo no DN.

António Barreto critica ainda o Presidente da República, salientando que “Cavaco Silva errou ao designar um ‘procurador’ em vez de um ‘formador’”, aludindo a Passos Coelho.

Nesse sentido, prossegue, o chefe de Estado “contribuiu para a criação deste tempo alucinado que vivemos”.

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