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PR quer digitalização do Estado para evitar “administração pública a várias velocidades”

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, rejeitou hoje a existência de uma “administração pública a várias velocidades”, defendendo a aposta digital no Estado, ao mesmo tempo que pediu o fim das desigualdades tecnológicas para os cidadãos.

“Não pode haver uma administração pública a várias velocidades, umas avançadas e outras mais atrasadas. A digitalização não pode ser uma revolução perdida para a reforma da administração pública”, vincou o chefe de Estado.

Falando da sessão de encerramento do XIII Encontro Cotec Europa, que decorreu na cidade italiana de Nápoles e juntou associações nacionais para a inovação e desenvolvimento dos países mediterrânicos (Itália, Espanha e Portugal), Marcelo Rebelo de Sousa assinalou que o setor público, em Portugal, “avançou nos últimos anos na digitalização, mas avançou por vezes com assimetrias”.

“Conhecemos avanços muito significativos”, realçou o responsável, aludindo a medidas como o Simplex ou ao acolhimento da cimeira mundial de tecnologia Web Summit.

Porém, “temos de ir mais longe”, salientou Marcelo Rebelo de Sousa.

“Não basta digitalizar para simplificar, não basta digitalizar para tornar mais próximo. Temos de aproveitar a digitalização para reformar as administrações públicas, para mudar a mentalidade, a consciência cívica, a substância e a aproximação às pessoas”, acrescentou.

De acordo com o chefe de Estado, a tecnologia acarreta como principal desafio a inclusão social, já que a inovação deve “servir pessoas”.

“A digitalização está a criar novas desigualdades na educação, na questão da idade – entre as pessoas mais novas e mais velhas – , a nível regional e entre os incluídos e os infoexcluídos”, enumerou.

Por isso, frisou: “Há que combater essas desigualdades”.

Outro desafio apontado por Marcelo Rebelo de Sousa diz respeito ao futuro do emprego público, tendo em conta a “automação e a inteligência artificial”.

“Temos de preparar as nossas sociedades para esse desafio que está a chegar, mais cinco ou 10 anos”, adiantou.

O objetivo do encontro de hoje era delinear planos de ação comuns para a administração pública, numa altura marcada por grandes mudanças industriais e tecnológicas.

A sessão decorreu no Teatro San Carlo, em Nápoles, e juntou líderes empresariais e figuras institucionais dos três países.

Na ocasião, estiveram também presentes o Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella, e o Rei de Espanha, Felipe VI, que, como Marcelo Rebelo de Sousa, fizeram os discursos da sessão de encerramento.

Os encontros Cotec Europa são organizados desde 2005 alternadamente em Portugal, Espanha e Itália.

Em fevereiro do ano passado, o encontro da Cotec Europa realizou-se em Mafra, no distrito de Lisboa.

Lusa

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