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Portugueses querem mais investimento público no SNS

A maioria dos portugueses (61 por cento) inquiridos no projeto ‘3F – Financiamento, Fórmula para o Futuro’ considera que não é possível melhorar o Serviço Nacional de Saúde (SNS) sem mais investimento na contratação de profissionais e na modernização dos equipamentos.

Os dados, que serão hoje apresentados na Assembleia da República, fazem parte do projeto liderado pela Associação Portuguesa de Administradores Hospitalares e apoiado por empresas da indústria farmacêutica e das tecnologias em saúde.

O projeto ‘3F – Financiamento, Fórmula para o Futuro’ reuniu um inquérito à população nacional e recomendações de peritos em saúde e os dados recolhidos serão apresentados numa iniciativa que contará com a participação do presidente da Assembleia da República, da ministra da Saúde e de representantes dos vários grupos parlamentares.

A informação recolhida mostra ainda que 74 por cento dos inquiridos considera que a saúde não é uma prioridade para o Governo em Portugal e que os aspetos que se considera mais carenciados de financiamento na saúde são a contratação de mais profissionais de saúde, a modernização de equipamentos, instalações e tratamentos e o apoio ao doente e família.

Os que entendem que não é uma área prioritária para o Governo dão como indicador a “pouca preocupação com a saúde dos utentes”, os “tempos de espera longos”, a “falta de médicos/profissionais de saúde” e também um “baixo investimento na saúde”.

Os inquiridos criticam sobretudo o tempo de espera para cirurgias e para primeiras consultas, sendo que os portugueses que moram no interior são mais críticos do acesso ao Serviço Nacional de Saúde do que os que vivem no litoral.

Na sua última visita ao hospital, quase noves em cada dez inquiridos recorreram ao serviço público, mas quase 30 por cento dizem que escolheu uma unidade do SNS por ser mais barato do que o privado.

Aliás, os inquiridos caracterizam os hospitais privados como mais rápidos e com melhor atendimento e avaliam-nos melhor em vários critérios.

Contudo, na competência e conhecimentos dos profissionais de saúde a diferença entre público e privado é quase nula.

É no item dos tempos de espera para consultas e exames que os hospitais públicos surgem mais penalizados na avaliação comparativa com as unidades privadas.

O projeto ‘3F – Financiamento, Fórmula para o Futuro’ nasceu da necessidade de identificar formas de reduzir o desperdício e promover a inovação no SNS. Para além da auscultação à população, reuniu um conjunto de especialistas de diferentes áreas, que se juntaram para analisar o modelo atual de financiamento dos hospitais portugueses, promover a discussão de potenciais soluções de financiamento e desenvolver projetos-piloto com hospitais de forma a testar as soluções encontradas.

Lusa

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Etiquetas: homeSNS

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