Este acordo com os belgas permite à BIAL assegurar “em exclusivo”, junto dos profissionais de saúde portugueses, a “promoção e informação” sobre o NEUPRO e o VIMPAT, os dois “fármacos de investigação da UCB”.
De acordo com o presidente executivo da farmacêutica portuguesa, António Portela, a BIAL vai, com a comercialização destes medicamentos neurológicos, “disponibilizar dois fármacos que demonstraram dar resposta a necessidades clínicas ainda não satisfeitas em duas patologias devastadoras e associadas a uma enorme incapacidade”.
“A nossa experiência na área da neurologia será enriquecida e permitirá que mais pacientes possam receber os tratamentos adequados para combater estas doenças”, acrescentou.
Segundo a informação da empresa, “o VIMPAT (lacosamida) está indicado como terapêutica adjuvante no tratamento de crises epiléticas parciais em doentes com epilepsia com idade igual ou superior a 16 anos”.
“Este fármaco representa um novo tratamento para os doentes com epilepsia, uma doença altamente incapacitante em que mais de 25 por cento dos pacientes não consegue alcançar o controlo de crises com as terapêuticas atuais”, justificou a farmacêutica.
O NEUPRO (rotigotina) é apresentado como “o primeiro agonista da dopamina disponível em sistema transdérmico que, em associação com a levodopa, está indicado para o tratamento da doença de Parkinson em estados avançados”.
“O adesivo transdérmico proporciona um fornecimento constante da rotigotina ao longo de 24 horas, melhorando a qualidade de vida dos doentes”, complementou a empresa.
António Portela salientou ainda a parceria com a UCB no âmbito do compromisso da farmacêutica portuguesa em trazer para o mercado “medicamentos diferenciadores” e da estratégia de “estabelecer alianças com empresas internacionais que assumem a mesma missão de BIAL, ou seja, fornecer medicamentos inovadores e de alta qualidade, capazes de melhorar a qualidade de vida dos pacientes”.
O diretor geral da UCB Ibéria, Jesús Sobrino, destacou a “satisfação” de ter a BIAL como parceiro, sobretudo porque se trata de uma empresa cujas “competências e forças” na área da neurologia “irão possibilitar que cada vez mais pacientes possam conhecer estes tratamentos para a epilepsia e doença de Parkinson, com efeitos na qualidade de vida e na progressão favorável das doenças de que padecem”.
Ainda segundo a BIAL, cerca de 50 milhões de pessoas em todo o mundo têm epilepsia, o que faz desta “a condição neurológica grave mais comum”. Em Portugal, “a epilepsia atinge cerca de 50 a 60 mil pessoas e todos os anos surgem cerca de 50 novos doentes por cada 100 mil pessoas”.
A doença de Parkinson é “uma doença neurodegenerativa do sistema nervoso central caracterizada pela presença de bradicinésia (lentificação dos movimentos), tremor, rigidez muscular e alteração postural”, sendo “a segunda doença neurodegenerativa com maior prevalência no país”, afetando 13 mil doentes.
O envelhecimento da população faz antecipar “um aumento deste número nas próximas décadas”.
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