Após “três anos de austeridade castigadora e de profunda recessão”, que provocaram “um êxodo” diário “de 200 jovens licenciados”, Portugal mostra que tem sido um aluno exemplar, salienta o Financial Times (FT). Para o mais famoso jornal de economia do mundo, a economia nacional tem sido “o herói-surpresa da retoma na Zona Euro”.
“O crescimento homólogo de 1,6 por cento no último trimestre de 2013 superou qualquer outro membro da Zona Euro, incluindo a Alemanha, ao passo que esse mesmo crescimento, face ao trimestre anterior, foi de 0,5 por cento, sendo ultrapassado apenas pela Holanda e arrasando as estimativas dos economistas, que apontavam para um aumento de apenas 0,1 por cento”, justifica o artigo de hoje sobre Portugal.
O segredo está naquele que será “um aspeto menos conhecido do penoso ajustamento económico que Portugal está a fazer, no âmbito do programa de resgate internacional, no valor de 78 mil milhões de dólares”, salienta o FT: “níveis recorde no crescimento das exportações e do turismo ajudaram a que o país se tornasse o herói-surpresa da retoma na Zona Euro”.
“Em julho do ano passado, nas entranhas daquela que foi a mais dura recessão que o país viveu em 40 anos, abriu uma nova área comercial no aeroporto da Portela, com 20 lojas ‘chiques’, para servir o crescente número de turistas”, acrescenta o artigo.
O jornal sustenta que este sucesso que se faz à custa de “lágrimas” e de “um êxodo” de trabalhadores jovens e qualificados: “as despedidas por entre lágrimas tornaram-se comuns no aeroporto da Portela, em Lisboa. Três anos de austeridade castigadora e de profunda recessão impulsionaram um êxodo, estimando-se que cerca de 200 jovens licenciados e outro tipo de emigrantes saiam diariamente do País”.
“Apesar dos sinais positivos de que a economia emergirá este ano, após três anos consecutivos de recessão, muitos portugueses não têm grandes perspetivas de um alívio imediato das dificuldades que vivem. O duro programa de ajustamento deixou um rasto de devastação: dezenas de milhares de pequenas empresas faliram, os salários e as pensões encolheram, as desigualdades agravaram-se e muitas vidas foram ‘enferrujaram’ devido ao desemprego de longa duração”, continua o artigo.
Ainda assim, Portugal é mesmo “a nova vedeta do crescimento na Zona Euro”, como descrevera Christian Schulz, economista sénior do Berenberg. O FT cita ainda Ralph Solveen, economista do Commerzbank: “Portugal, e não a Espanha, é a maior surpresa positiva na periferia do euro. Ao contrário de Espanha, a taxa de desemprego já desceu significativamente e o emprego tem estado a crescer desde a Primavera”.
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