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Portugal não é a Grécia, mas emprestou “muitos milhões”, frisa Cavaco

A solidariedade de Portugal para com os gregos tem um preço, segundo Cavaco Silva. O Presidente lembrou que há “muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses” para ajudar a Grécia, pelo que esta “não pode fazer aquilo que muito bem entende”.

Portugal quer que a Grécia “permaneça na zona do Euro” e para isso tem emprestado “muitos milhões”, lembrou o Presidente da República. Como devedora, a Grécia “não pode fazer aquilo que muito bem entende”, continuou o mais alto representante da nação.

“Portugal tem vindo a demonstrar solidariedade em relação à Grécia para que ela permaneça na zona do Euro. Para além do empréstimo que fizemos à Grécia de cerca de 1100 milhões de euros, Portugal tem vindo a transferir para a Grécia o produto dos juros das obrigações na posse do Banco de Portugal, o que significa muitos milhões de euros que saem da bolsa dos contribuintes portugueses”, frisou Cavaco Silva.

Instado pelos jornalistas a comentar os planos que os novos governantes gregos têm apresentado aos parceiros comunitários, o chefe do Estado Português defendeu que, tal como no plano interno, é necessário um compromisso político alargado.

“Cada dia a Grécia ou o Governo grego toma conhecimento melhor da realidade da União Económica e Monetária, portanto tenho alguma esperança de que continue a evoluir por forma a que se alcance um acordo”, revelou o Presidente.

Como economista, Cavaco Silva avisou que a eventual saída do euro “seria um desastre total para a Grécia”, especialmente quando as taxas de juro se aproximam dos 20 por cento.

Um cenário bem diferente do que acontece com “um país que cumpriu os seus compromissos” e apresenta agora “uma situação bastante sólida”: Portugal.

Aos responsáveis políticos gregos, o chefe de Estado português deixou um conselho ainda antes do início da reunião extraordinária do Eurogrupo, agendada para hoje: “Cada um não pode fazer aquilo que muito bem entende, porque ao fazê-lo vai prejudicar os outros”.

O Presidente da República salientou ainda que tem defendido que União Europeia “podia fazer muito melhor” em determinadas áreas, como o reforço de uma agenda de crescimento económico e de combate ao desemprego, mas tal “requer que alguns países que tenham margem de manobra façam políticas orçamentais mais expansionistas”, o que não tem acontecido.

“A palavra solidariedade tem de estar sempre ao lado da palavra responsabilidade, somos solidários, mas temos de ser responsáveis”, concluiu Cavaco Silva.

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