O presidente do Instituto de Medicina Tradicional (IMT), Frederico Carvalho, afirmou hoje que Macau e Portugal devem assumir-se como plataformas de entrada da medicina tradicional chinesa nos mercados europeu e lusófono.
“Se Macau é uma plataforma de medicina tradicional chinesa para os países de língua portuguesa, então Portugal deve ser uma ponte para o espaço europeu e lusófono”, disse o responsável à Lusa, à margem do Fórum de Medicina Tradicional Chinesa que decorre em Macau até sexta-feira.
Frederico Carvalho destaca 2018 como “um ano de afirmação” na difusão e reconhecimento desta área em Portugal, para a qual contribuiu a parceria com o Parque Científico e Industrial de Medicina Tradicional Chinesa, na ilha da Montanha, adjacente a Macau.
O peso de Portugal na internacionalização da medicina tradicional chinesa é testemunhado em recentes nomeações: em julho, o IMT e a Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa passaram a ter, pela primeira vez, representação e poder de voto na comissão técnica da Universidade de Xangai (ISO TC/240).
Pouco depois, adiantou Frederico Carvalho, Portugal criou uma comissão técnica de medicina tradicional e complementar, “única no espaço europeu”, onde se vão debater e “tentar criar critérios de qualidade (…) desde os produtos de saúde à base de plantas aos aparelhos e procedimentos”.
O objetivo é garantir que todos os interessados, “ao introduzir determinados produtos no espaço europeu, através de Portugal, o façam de acordo com critérios de qualidade”, explicou.
De acordo com o responsável, Macau vai estar envolvido neste processo através do Parque, criado em 2011 no âmbito do projeto chinês “Uma Faixa, uma Rota” e onde Portugal anunciou uma representação no ano passado.
“Queremos levar Macau para este âmbito de decisões e assim contribuir para a ‘homogenização’ do ensino em matéria de medicina chinesa. Tentar ‘homogeneizar’, não no sentido formatado do termo, mas nos critérios de qualidade”, realçou.
Neste sentido, Portugal pode mesmo afirmar-se como “regulador a nível mundial”, para garantir critérios de qualidade antes de os produtos chegarem à Europa ou aos países lusófonos, disse à Lusa Olga Silva, da Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa.
Olga Silva é a primeira portuguesa a representar Portugal no comité de especialistas do Parque, juntando-se a muitos outros especialistas e agentes reguladores europeus e chineses.
Além do controlo de qualidade, Frederico Carvalho destaca o papel de Portugal e do Parque na formação da medicina tradicional chinesa nos países lusófonos, nomeadamente em Moçambique, onde o IMT tem realizado vários cursos de formação.
“Vários médicos e enfermeiros do ministério da Saúde moçambicano já começaram a integrar, no exercício das suas profissões, algumas práticas de medicina tradicional, nomeadamente a acupuntura”, avançou.
Por fim, apontou 2019 como o “ano da concretização efetiva” dos projetos que o IMT e a Faculdade de Farmácia têm discutido e apresentado ao Parque, que “naturalmente levam o seu tempo de maturação e debate”.
“Estamos com esta expectativa e achamos que os outros países também”, admitiu, acrescentando que o próximo ano é especial por marcar o 20.º aniversário da devolução de Macau à China, razão pela qual haverá uma “demonstração mais cabal” de todos os projetos.
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