Categorias: Economia

Portugal e Irlanda estariam “provavelmente” fora do euro sem os resgastes, alega Klaus Regling

Klaus Regling acredita que “sem os fundos de resgate a Europa seria diferente”. “Irlanda e Portugal já não fariam parte da união monetária”, sustenta o diretor do Mecanismo Europeu de Estabilidade, explicando que os fundos europeus “atingiram os objetivos para o qual foram criados”.

Os 17 ministros das Finanças da zona euro reuniram hoje no primeiro Conselho de Governadores do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), o instrumento de resgate comunitário que veio substituir o Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF). Klaus Regling, diretor-executivo do MEE, saiu do encontro com uma certeza: Portugal e Irlanda estariam fora do euro se não fossem os resgates da troika.

No Luxemburgo, onde decorreu a reunião, Regling sustentou que os instrumentos financeiros criados para conter a crise das dívidas soberanas “atingiram os objetivos para o qual foram criados”, em especial ao evitar que os dois países citados deixassem o euro: “acredito que sem os fundos de resgate a Europa provavelmente seria diferente hoje. Muito provavelmente, países como Irlanda e Portugal já não fariam parte da união monetária”.

“Todos os países que estão a receber financiamento dos fundos estão a fazer os ajustamentos” com êxito, reforçou o diretor-executivo do MEE, salientando que “os desequilíbrios macroeconómicos foram significativamente reduzidos” e, em consequência, os défices têm vindo a ser reduzidos, provando ainda que “o financiamento com condicionalidade funciona”.

Foram estes instrumentos financeiros que contribuiram “para a estabilização da zona euro como um todo”, argumentou Klaus Regling, exemplificando com o valor de “um pouco mais de 200 mil milhões de euros” aplicado “nos programas para Portugal, Irlanda, Grécia, Espanha e Chipre”.

Portugal com mais tempo

Na mesma conferência de Imprensa esteve o presidente do Eurogrupo, Jeroen Dijsselbloem, que deixou uma garantia aos dois países citados por Regling: “o Eurogrupo está pronto a assistir tanto a Irlanda como Portugal na saída dos respectivos programas”.

“Como se sabe, as maturidades dos empréstimos do FEEF e do MEEF foram prolongadas por sete anos. Se outras medidas ou apoios forem necessários durante o período de saída, poderão ser considerados. Que instrumentos serão necessários ainda terá de ser decidido. Não há decisões tomadas, mas o Eurogrupo está pronto a ajudar estes países na sua saída ou, se preferirem, na entrada, de regresso aos mercados”, adiantou o ministro holandês.

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