A crise dos refugiados entrou num novo capítulo e a história adensa-se. Os ataques xenófobos contra os migrantes que são acolhidos são cada vez mais frequentes e… fáceis.
Em Middlesbrough, na Inglaterra, é facílimo saber quais as casas que servem para acolher refugiados. São as únicas que têm portas vermelhas.
A medida foi imposta há dois anos, mas só recentemente, com a recente onda de ataques contra refugiados, é que os sinais de alerta foram tomados a sério.
Ian Swales, um antigo deputado liberal (então eleito pelo círculo de Middlesbrough), acusou a G4S, a empresa de segurança a quem o Governo entregou o processo de alojamento dos refugiados, de usar “uma técnica de separação que evoca a Alemanha dos anos 1930”.
Foi por essa altura, com a ascensão do regime nazi de Hitler, que os judeus tinham de ostentar uma estrela de David amarela.
Forçar os refugiados a viverem em casas que se distinguem por terem portas vermelhas torna-os num alvo fácil para os extremistas de direita, avisou Ian Swales, que desde fevereiro de 2014 tem vindo a pressionar a G4S a mudar o procedimento.
“Isto é chocante. Eu pensei que a administração da G4S também ia ficar chocada, mas passaram quase dois anos e nada foi feito.
“Marcar as pessoas desta forma é repreensível”, acrescentou o atual deputado eleito por Middlesbrough, o trabalhista Andy McDonald.
O The Times apurou que as casas em questão pertencem a uma empresa de Stuart Monk, um magnata do imobiliário. Segundo o jornal, a G4S paga “milhões de libras por ano” para a empresa Jomast “acomodar milhares de refugiados”.
Por enquanto, os ataques podem ser classificados como incómodos: o tradicional saco de papel com excrementos de cão a arder ou o arremesso de pedras ou ovos contra as paredes e janelas. Mas em breve, receiam os refugiados que habitam nas 12 casas de porta vermelha numa zona pobre de Middlesbrough, as coisas vão piorar…
Já foi pintado o símbolo da Frente Nacional, um movimento neonazi, numa das casas e noutra, com uma moradora ‘presa’ na própria casa, os extremistas entoaram cânticos racistas enquanto gritavam “deixem o nosso país”.
“Puseram-nos atrás de portas vermelhas. Quando se vê a porta, toda a gente sabe que está ali alguém que pediu asilo. É como dizer que não somos pessoas como vocês”, condenou um dos refugiados, citado sob anonimato pelo The Times.
Quando um afegão pintou a porta de branco, como as restantes do bairro, apareceram funcionários da Jomast que a pintaram novamente de vermelho.
“É contra a política da empresa”, explicaram.
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