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Portas: PS “não disse liminarmente ‘não’” a uma reforma do Estado

Paulo Portas sente sinais de abertura provenientes do PS, na criação de um consenso que conduza a uma reforma do Estado. O objetivo da maioria é a redução da despesa estrutural, medida que “não carece de qualquer alteração constitucional”, segundo o líder do CDS-PP. António José Seguro diz que o PS está a ser atacado pelos membros da maioria e, ao mesmo tempo, convidado para o diálogo.

Num discurso durante a proposta de Orçamento de Estado para 2013 – que foi hoje aprovada na generalidade, com os votos contra de PS, CDU e Bloco –, Paulo Portas revelou que sente sinais de abertura por parte de António José Seguro, secretário-geral do PS, tendo em vista o estabelecimento de um compromisso que conduza a reformas do Estado.

Paulo Portas defendeu um “acordo alargado”, que necessita do PS, sobre a despesa estrutural. O ministro do Estado e dos Negócios Estrangeiros defendeu na Assembleia da República um amplo consenso.

“A abertura do Governo para um acordo deve ser partilhada, tendo em atenção uma forte valorização da concertação social e uma boa colaboração dos demais órgãos de soberania”, sustentou o ministro e líder do CDS.

Portas considera essencial a aplicação de “várias políticas transversais”, com a finalidade de “reduzir a dimensão da despesa”. O ministro realça que essa redução de despesa “não carece de qualquer alteração constitucional”, mas apenas de “política, com talento e com vontade de compromisso”.

Dirigindo-se para António José Seguro, Paulo Portas afirmou que o secretário-geral do PS “não disse liminarmente ‘não’” a uma participação nesse diálogo que conduza a reformas do Estado. “Aproveitemos com cuidado esse espaço, porque o bem que está em causa é maior”, disse o ministro.

“Dirijo uma palavra ao secretário-geral do PS: Os portugueses olhá-lo-iam de outro modo se nesta hora, que é a hora da verdade, contribuísse com a sua marca para um acordo nacional, sobre uma despesa que está a mais e deve ser reduzida, até pelo sentido de justiça”, afirmou o ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.

“Reformar é defender o Estado social. Deixar tudo tal qual está é condená-lo a uma insustentabilidade de blocos económicos emergentes”, concluiu Paulo Portas.

Seguro reagiria, mais tarde, sem fechar as portas ao diálogo, mas afirmando que a maioria usou “diferentes tons”, quer “ataques inusitados ao PS”, quer com “apelos ao diálogo”.

“A maioria tem de dizer o que quer. Este Governo aplicou uma receita errada. E não me vou desviar do meu caminho. Há uma alternativa em Portugal, que é apresentada pelo PS e coloca a austeridade É importante sair da crise com rigor orçamental, mas colocar a prioridade no emprego e no crescimento”, afirmou o secretário-geral do PS.

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