O líder do CDS-PP participava no encerramento das jornadas parlamentares promovidas pelo seu próprio partido. Mas foi um líder com a camisola de ministro que se viu no Funchal. Um ministro da defesa do Governo.
Depois de algumas críticas de deputados centristas à política fiscal levada a cabo pelo executivo de Pedro Passos Coelho, Paulo Portas recordou as medidas que estavam inscritas no memorando da troika, com o qual o Governo estava comprometido.
Paulo Portas, num papel de ministro solidário, sustentou que as subidas de impostos aplicadas “não são opção” do executivo, mas uma ‘lei’ determinada ao abrigo do plano de resgate a Portugal.
O ministro foi ao ponto de justificar a medida que não constava no plano: o corte do subsídio de Natal, que a troika não pediu, mas que “um desvio orçamental” tornou indispensável.
Por outro lado, a tributação extraordinária aplicada aos rendimentos mais elevados deve-se ao Plano de Emergência Social, que o Governo entende ser necessário. E Portas está solidário com o executivo.
Nesse sentido, pediu silêncio da bancada centrista, na hora de apontar o dedo a Passos Coelho ou ao titular da pasta das Finanças, Vítor Gaspar.
E se os deputados do CDS consideram que o Governo está a aumentar impostos sem cortar na despesa enganam-se. “Foi feito um corte sem precedentes”, disse Paulo Portas.
O líder do CDS esteve ausente, para abrir portas ao ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros.
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