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População chinesa atinge 1395 milhões com menor número de nascimentos desde 2000

A população da China aumentou 15,23 milhões, para 1.395 milhões de habitantes, em 2018, segundo dados oficiais hoje divulgados, prolongando a contínua queda na taxa de natalidade do país mais populoso do mundo.

Trata-se do número de nascimentos mais baixo desde 2000 e um abrandamento de 3,81 por cento, face ao ano anterior, apesar de Pequim ter abolido a política de filho único, em 2016.

A China, país onde vive cerca de 18 por cento da humanidade, aboliu a 01 de janeiro de 2016 a política de “um casal, um filho”, pondo fim a um rígido controlo da natalidade que durava desde 1980.

Pelas contas do Governo, sem aquela política, a China teria hoje quase 1.700 milhões.

Mas a população em idade ativa estagnou, enquanto o rácio de dependência – o número de trabalhadores em relação à população que não trabalha (sobretudo crianças e reformados) – continua a aumentar.

As autoridades chinesas estimam que a população do país atingirá o pico de 1.442 milhões, em 2029, e que entrará em declínio no ano seguinte.

Entretanto, e fruto da tradição feudal que dá preferência a filhos do sexo masculino, a política de filho único gerou um excedente de 30 milhões de homens.

Segundo a atual política de natalidade, que substituiu a de “um casal, um filho”, a maioria dos casais chineses pode ter apenas duas crianças.

Em 2016, o primeiro ano desde a abolição da política de filho único, o número de nascimentos aumentou, de 16,55 milhões, no ano anterior, para 17,86 milhões.

Desde então, a taxa de natalidade caiu sucessivamente, apesar de Pequim ter deixado de promover abortos forçados e multas, e passando a oferecer incentivos à natalidade.

Em 2017, o número total de nascimentos fixou-se em 17,23 milhões, menos 630.000 do que no ano anterior.

O cuidado com os idosos passou a ser uma preocupação crescente do governo, já que a percentagem de população em idade ativa continua a cair.

Segundo especialistas, a queda no número de nascimentos deve-se sobretudo à redução no número de mulheres em idade fértil, um grupo que perde entre cinco e seis milhões de pessoas por ano, e aos altos custos e falta de tempo para criar uma criança.

A atual restrição de dois filhos pode assim vir a ser também abolida, permitindo que as famílias tenham vários filhos, pela primeira vez em décadas.

Mas apesar das projeções de declínio no país mais populoso do mundo, as Nações Unidas estimam que a população global continue a crescer. Um relatório de 2017 estima que, em 2030, chegue aos 8,6 mil milhões, e que, até ao final do século, alcance os 11,2 mil milhões.

A Índia deve superar a China como o país mais populoso até 2024, segundo a ONU.

Lusa

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