Políticos indultados pelo Presidente da Guiné Equatorial continuam presos

Os 36 presos políticos do primeiro partido da oposição na Guiné Equatorial, Cidadãos para a Inovação (CI), continuam na prisão, apesar de terem recebido um indulto, confirmou hoje o líder da força política, Gabriel Nse Obiang.

“Não saíram ainda da prisão”, declarou Gabriel Nse Obiang à agência noticiosa espanhola Efe, em telefonema de Nairobi para Malabo.

Obiang sublinhou que “o decreto” assinado por Teodoro Obiang, no poder desde 1979, determinava a saída da prisão a partir do dia da publicação”, o passado 10 de outubro.

O indulto foi concedido no âmbito das comemorações dos 50 anos da independência da Guiné Equatorial de Espanha.

O dirigente do CI afirmou que, “na segunda feira passada, foi quando se falou que estava pronto” para a libertação, “mas, até agora, não os deixaram sair em liberdade”.

Sem explicação oficial, Gabriel Nse Obiang acentuou que “o Governo mantém o silêncio”.

Nse Obiang disse que os “barões” do Partido Democrático da Guiné Equatorial (PDGE, no poder) “querem frustrar novamente esse decreto de indulto” aos 36 presos políticos.

De entre os militantes presos, 34 estão na prisão de Evinayong, na província de Centro Sul, enquanto os dois restantes estão em Black Beach, em Malabo.

Sobre o estado dos reclusos, Nse Obiang garantiu que, desde que estão presos, “não foi permitido o contacto com familiares”.

Fontes do Governo recusaram pronunciarem-se sobre a situação dos 36 presos políticos e limitaram-se a enfatizar que “é uma questão nacional” e que o CI deve perguntar “aos órgãos correspondentes” e “não denunciar por denunciar”.

Entre os indultados figura Jesús Mitogo Oyono, o único deputado da oposição que está na prisão.

Oyono ganhou o único assento de oposição nas eleições legislativas de novembro passado, em que o PDGE ganhou 99 das cem cadeiras no Parlamento.

Em 26 de fevereiro, um tribunal condenou a prisão militantes sob acusação de sedição, num julgamento no qual foram acusados 146 elementos do partido.

Os incidentes ocorreram na cidade de Aconibe, em 05 de novembro, com a polícia a dispersar com tiros no ar dezenas de ativistas da CI que participaram em comícios nos dias que antecederam as eleições legislativas e municipais, impedindo-os de entrar na cidade.

Nesse ato eleitoral, de 12 de novembro, o CI foi o único partido opositor que conseguiu eleger elementos, um para o parlamento e outro como conselheiro na Câmara de Malabo. Os dois não tomaram posse porque foram presos.

Lusa

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Etiquetas: Guiné Equatorial

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