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Pobreza influi na mortalidade, admitem médicos e nega a DGS

A pobreza tem influência nos picos de mortalidade? Médicos dizem que sim, a Direção Geral de Saúde contraria. Certo é que a estatística revela que há já um mês que a mortalidade está acima do esperado quando comparada com anos anteriores.

A pobreza influi nos picos de mortalidade, seja por dificultar o acesso à saúde, seja por não permitir que as pessoas se protejam devidamente. Quem o diz são especialistas em cargos de responsabilidade, como Mário Jorge Santos. O presidente da Associação de Médicos de Saúde argumenta que a crescente subida da mortalidade em Portugal – pela quarta semana consecutiva – reflete, em certa medida, a relação entre “a diminuição do rendimento das famílias” e o “aumento das taxas moderadoras”, que condicionam o acesso à saúde.

Na semana de 20 a 26 de fevereiro voltou a registar-se um novo pico de mortalidade, com o Sistema de Vigilância Diária da Mortalidade a revelar um número ligeiramente acima dos três mil mortos em Portugal. Este registo foi superior ao observado na semana anterior. O diretor da Faculdade de Medicina do Porto, Agostinho Marques, considera que “o mês de fevereiro teve um frio excecional” e ocorreu “numa época de crise económica, em que as pessoas não ligam o aquecimento”.

O oposto é defendido pela Direção Geral de Saúde, através de Francisco George. O diretor geral rejeita estas explicações e assume que o pico de 6.100 óbitos nas duas últimas semanas está dentro do padrão esperado, até por ocorrerem num período em que circulam estirpes do vírus da gripe associadas ao tempo frio.

Analisando as quatro semanas consecutivas em que a taxa de mortalidade só cresceu, sempre acima da média desta época do ano, as autoridades de saúde relacionam estes picos de mortalidade com o frio e uma epidemia de gripe. O Boletim de Vigilância Epidemiológica sublinha que Portugal atravessa uma fase de atividade gripal alta com tendência crescente.

A Direção Geral de Saúde já admitiu que o tipo de gripe mais detetado este ano é particularmente perigoso para os idosos, o que se confirma quando os dados revelam que as pessoas com mais de 65 anos estão a ser as mais atingidas. Para o Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, a mortalidade “está acima do esperado” e as principais vítimas são idosos com mais de 75 anos.

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