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PM de Cabo Verde orgulhoso da missão que fez 1.700 consultas em duas semanas

O primeiro-ministro de Cabo Verde manifestou hoje o seu “orgulho” no trabalho desenvolvido pela missão cabo-verdiana a Moçambique, onde efetuou 1.700 atendimentos às vítimas do ciclone Idai.

Ulisses Correia e Silva recebeu hoje a equipa desta missão – composta por quatro médicos, seis enfermeiros, uma psicóloga e um elemento da Proteção Civil – no Palácio do Governo, na cidade da Praia, onde reconheceu o trabalho realizado “com o espírito de missão”.

Esta presença em Moçambique, afirmou o chefe de Estado, “foi importante, não em termos de número, mas em termos de entrega, trabalho de terreno, que era importante assegurar”.

Ulisses Correia e Silva agradeceu à equipa que esteve a trabalhar em condições “difíceis” e a dar a contribuição de Cabo Verde “para minorar o quadro de sofrimento que esse país atravessou”.

O cardiologista Fernando Tavares, que liderou a missão, contou que o trabalho da equipa começou assim que aterrou no aeroporto da Beira, em Moçambique.

O médico disse que será impossível esquecer o que viu nesses dias, num cenário de destruição provocada pelo ciclone Idai, que atingiu a região centro de Moçambique em meados de março.

“Casas e carros espalhados pelas ruas, pessoas a mendigarem de uma forma geral, pessoas desanimadas, ruas desorganizadas, sem contar com as doenças que constatámos no terreno”, relatou.

Para Fernando Tavares, Cabo Verde levou a Moçambique a sua “bravura”, pois conseguiu fazer o melhor, apesar de ter uma equipa com poucos elementos.

“Não resolvemos todos os problemas, não resolvemos todas as situações difíceis que vimos”, afirmou, partilhando uma certeza: “Deixámos saudades”.

Outro elemento desta equipa, o médico Mário Évora, sublinhou a complexidade da situação que encontrou no terreno, mas que não impediu que a missão se entregasse “a essa causa”.

“Quando lá chegámos a situação era caótica e adversa a todos os níveis e no terreno encontrámos situações com que nenhum de nós se tinha deparado”, afirmou.

O clínico recordou que, quando chegaram, a equipa da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), com quem articularam o trabalho, fazia entre 20 a 30 atendimentos diários, número que duplicou após a chegada dos cabo-verdianos.

Em duas semanas, estes profissionais realizaram mais de 1.700 atendimentos em áreas como medicina geral, avaliações de ginecologia e obstetrícia, cirurgia geral e psicologia.

Por seu lado, o médico Júlio Lima acrescentou que esta missão demonstrou que Cabo Verde é “um país rico pelos recursos humanos que tem”.

“Não ficámos atrás em relação aos outros países que lá estavam e deixámos saudades”, disse.

O ciclone Idai, que atingiu o centro de Moçambique a 14 de março, causou um total de 603 vítimas mortais, tendo afetado mais de 1,5 milhões de pessoas.

Lusa

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Lusa

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