Peso em excesso pode dilatar tempo de vida, diz estudo

Pessoas que tenham peso em excesso ou que sejam moderadamente obesas vivem mais do que as que têm o peso normal. Segundo uma megapesquisa publicada Journal of the Medical American Association, que sintetiza estudos que analisam três milhões de pessoas, este contrassenso pode explicar-se com um reforço de energia e um maior acompanhamento médico que permitem aos obesos dilatar o tempo de vida.

A expressão ‘gordura é formosura’ não perde sentido, mas tem de ser adaptada. Não é apenas a imagem que está em causa, mas o tempo de vida. Peso em excesso e obesidade moderada significam viver mais tempo.

Por uma questão de saúde pública, este mesmo estudo ressalva os perigos da obesidade e lembra que não é alterada uma verdade incontestável: a obesidade representa um perigo para a vida e não deve ser considerada saudável.

Foi feita uma avaliação ao índice de massa corporal e quantificou-se os riscos de morte de pessoas obesas e com peso normal: concluiu-se que os indivíduos obesos enfrentam um risco de morte seis por cento inferior às pessoas com peso normal. Já nos casos de obesidade moderada, o risco de morte é cinco por cento inferior.

Certo é que este trabalho, publicado no Journal of the Medical American Association, demonstra uma associação entre o peso em excesso e um aumento do tempo de vida. Um contrassenso que os investigadores tentaram compreender e associaram ao acréscimo de energia no corpo que as pessoas com mais peso têm.

Outro fator que pode ajudar a perceber esta ligação entre peso excessivo e aumento de tempo de vida estará relacionada com uma maior procura de cuidados médicos por parte de pessoas que pesam mais do que o normal. Este acompanhamento estará na base de um maior tempo de vida.

O estudo apresenta uma amostra muito elevada, já que compila 97 estudos realizados sobre o tema e que avaliaram um universo total de três milhões de pessoas, provenientes de todo o mundo.