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Pescadores de Portugal e Espanha debatem “situação insustentável” do setor em Matosinhos

Representantes de organizações de pesca do cerco, de Portugal e Espanha, vão esta quinta-feira reunir-se em Matosinhos para debater o futuro do setor, que dizem estar a passar “por uma situação insustentável”, devido às limitações das capturas.

Neste encontro ibérico, os pescadores vão debater, entre outros assuntos, as quotas fixadas pela União Europeia para pesca de espécies como a sardinha, carapau e biqueirão, em 2020, que apontam ser “manifestamente insuficientes”.

“Os limites que nos são impostos estão desajustados da realidade. Somos os primeiros a querer preservar o manancial, mas estamos no mar e vemos que os recursos são superiores ao que tem apontado a comunidade científica”, disse à agência Lusa Agostinho Mata, líder da Propeixe – Cooperativa de Produtores de Peixe do Norte, que, com sede em Matosinhos, é anfitriã do debate.

Neste encontro ibérico, organizado pela Associação Nacional das Organizações de Produtores da Pesca do Cerco (ANOP – Cerco), que deve reunir mais meia centena de profissionais do setor, a intenção é criar um documento institucional conjunto para entregar aos governos de Portugal e Espanha a manifestar as preocupações.

“Temos de alertar os representantes políticos de Portugal e Espanha que é preciso fazer algo para minimizar o problema. Cada ano que passa a situação piora e fica mais insustentável, afetando não só os pescadores como outros setores da economia que estão ligados, de forma direta e indireta, à nossa atividade”, completou Agostinho Mata.

O líder da Propeixe disse que tem de haver, por parte da comunidade científica, “um maior diálogo” com os pescadores sobre as avaliações feitas aos ‘stocks’ das espécies, nomeadamente de sardinha, de forma a elaborarem-se quotas “mais realistas”.

“É difícil explicar aos pescadores que há melhorias nos recursos, mas que continuam sem poder pescar. Os cientistas têm de deixar de estar amarrados às fórmulas e ouvirem o que os armadores têm a dizer, caso contrário o setor vai continuar a cair”, desabafou Agostinho Mata.

A quota da captura da sardinha deste ano, que terminou em outubro, esteve fixada nas nove mil toneladas, havendo a perspetiva de que em 2020 possa haver um aumento desse valor, mas que não deve chegar às 19 mil toneladas, que as organizações de pesca consideram estar dentro de um parâmetro sustentável.

Lusa

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