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Pelo menos 100 dos 342 eleitores brasileiros em Luanda votaram até ao meio-dia

Pelo menos uma centena dos cerca de 342 eleitores inscritos na Embaixada do Brasil em Angola já tinha votado nas presidenciais brasileiras até às 12:00 locais (11:00 em Lisboa) de hoje, disse à agência Lusa fonte diplomática.

O embaixador brasileiro em Luanda, Paulino Carvalho Neto, indicou à Lusa que a única mesa de voto em Angola está aberta na missão diplomática do Brasil na capital angolana desde as 08:00 locais, encerrando oficialmente às 17:00, sendo os resultados finais afixados à porta da embaixada até uma hora e meia depois de encerrada a urna.

“Temos registados 342 eleitores brasileiros. Na primeira volta [das presidenciais brasileiras de 07 deste mês], desses 342 eleitores, votaram 166 e a expectativa é que hoje, na segunda volta, possa haver um número um pouco maior”, afirmou.

Na primeira volta, realçou, os dois candidatos que hoje disputam a segunda foram os que obtiveram mais votos, com o líder da extrema-direita Jair Bolsonaro a recolher 88 e Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), a obter 33, com os restantes 45 a serem divididos pelos diferentes candidatos.

“Tão logo seja encerradas as urnas em Luanda, às 17:00, a mesa de apuramento fará a contagem dos votos [em papel, pois o número de eleitores é reduzido e não há voto eletrónico) e afixaremos os resultados à porta da embaixada entre as 18:00 e as 18:30, no máximo”, realçou.

Paulino Carvalho Neto adiantou que, segunda-feira, às 11:00, haverá uma conferência de imprensa na Embaixada do Brasil em Luanda sobre as eleições brasileiras.

Vários eleitores entrevistados pela Lusa após terem votado admitiram que as presidenciais brasileiras estão e vão continuar a ser polémicas, uns a defender a “mudança” depois dos sucessivos Governos do PT, outros a assumirem que votam contra o Partido dos Trabalhadores e não em Bolsonaro.

Nenhum dos com quem a Lusa falou disse expressamente que votou em Haddad.

“Depois de muito tempo do PT, é um momento de mudança, de se alternar, pois acho que é importante ter essa alternância para ver se o Brasil melhora. [Bolsonaro] é um candidato polémico, mas é mais para alternar em função dos problemas que houve. É um candidato polémico, mas é para significar alternância”, disse à Lusa Gustavo Belitardo, engenheiro civil, natural de São Paulo.

Gustavo Belitardo, há cinco anos em Angola, assumiu que votou “contra o PT”, admitindo ter votado anteriormente no Partido dos Trabalhadores.

Cristiane da Silva, empresária, natural de Salvador, no estado da Baía, mostrou-se mais moderada, lembrando que, por estar há 11 anos em Angola, se afastou da política brasileira, mas que, agora, face a todas as polémicas em que o país está mergulhado, resolveu envolver-se novamente.

“Como estou há muito tempo fora do Brasil, estava um pouco afastada da questão política e este ano, por todos os fatores, tudo o que vem ocorrendo, principalmente em relação à corrupção no Brasil, acabei por me envolvendo e acompanhar melhor a situação, mas não aprofundadamente”, disse Cristiane da Silva.

“Há muita polémica dos dois lados. Acho que existe um exagero, tanto de um lado como do outro. Cada um tem os seus pontos positivos e negativos e, infelizmente, não dá para encontrar um meio termo e temos de escolher um. Temos de rezar para que o resultado seja positivo para o Brasil, independentemente de quem ganhar”, referiu.

Para a empresária brasileira, o “importante” é que o povo brasileiro “seja correspondido nas suas expectativas”.

“Talvez não em 100 por cento mas, se, pelo menos, conseguirmos alguma melhoria na segurança, na corrupção, acho que será um ponto positivo para o Brasil”, concluiu.

Cerca de 147,3 milhões de eleitores são chamados hoje às urnas para decidir quem será o próximo Presidente da República brasileiro, numa disputa entre a extrema-direita, com Jair Bolsonaro, e a esquerda, com Fernando Haddad.

Além da corrida para o cargo de Presidente, os brasileiros terão também de escolher os próximos representantes no parlamento (Câmara dos Deputados e Senado) e nos governos regionais que não ficaram definidos na primeira volta, que se realizou a 07 de outubro.

Lusa

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Lusa

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