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Pedro Arroja: “Elevar mulheres nos partidos é enfraquecer espírito partidário”

O economista Pedro Arroja voltou à polémica, com um texto publicado no seu blogue, onde considerou que “elevar mulheres nas direção de partidos é enfraquecer o espírito partidário” e um “sinal da degenerescência” dos partidos. Em causa, as lideranças femininas no Bloco e no CDS e a nomeação de três mulheres para a direção do PSD. Motivo para uma dissertação de Arroja sobre diferenças de género.

“Qual o significado da ascensão generalizada das mulheres nas direções partidárias? É um sinal da degenerescência dos partidos”, escreveu o economista no seu blogue.

Pedro Arroja voltou a gerar polémica, com um artigo em divulgado no Portugal Contemporâneo, onde comenta a ‘elevação’ das mulheres no seio das direções dos partidos.

“Todas as grandes seitas do protestantismo foram fundadas e mantidas por homens (frequentemente padres católicos) e os grandes partidos políticos tiveram a mesma característica. A razão é que o espírito masculino é mais sectário do que o espírito feminino, os homens são mais sectários do que as mulheres, sendo estas mais comunitárias do que aqueles. Elevar mulheres à direção de partidos é enfraquecer o espírito partidário”, escreveu Pedro Arroja, no seu blogue.

Para o economista – que avalia a liderança feminina do Bloco de Esquerda e do CDS, bem como a ‘elevação’ de Maria Luís Albuquerque a um cargo na direção do PSD –, esta “ascensão generalizada das mulheres” nas direções partidárias “é um sinal da degenerescência dos partidos”.

O comentador do Porto Canal analisou ainda outros casos de lideranças femininas, fora de Portugal. Desde logo Angela Merkel e Dilma Rousseff.

“Existem, obviamente, exceções, e aquela que imediatamente ocorre é a de Ângela Merkel. Mas Merkel é filha de um pastor luterano – a  mais sectária das grandes correntes protestantes – e aprendeu o sectarismo em casa. Pelo contrário, no muito católico Brasil, o PT de Dilma Rousseff pode bem vir a desfazer-se em breve”, antecipou.

Esta não é a primeira vez que Pedro Arroja faz considerações sobre diferenças entre homens e mulheres, no que é visto como uma atitude de combate à igualdade no género.

Mas o comentador do Porto Canal não está preocupado.

“Eu sei que dizer que as mulheres são diferentes dos homens é hoje em dia muito impopular. É muito impopular mas é verdade”, assinala, no mesmo texto.

Entretanto, os ecos destas opiniões de Arroja fizeram-se sentir nos jornais. E o economista já regressou ao blogue para reagir.

“Não apenas as mulheres são menos sectárias e, portanto, menos agressivas na política partidária. São também mais vulneráveis do que os homens, como o episódio acima claramente demonstra”.

E “o episódio acima” era o caso das “esganiçadas do Bloco”, que Pedro Arroja recorda, para reafirmar a sua posição e fazer notar diferenças entre homens e mulheres.

“Se a direcção do BE fosse composta por homens e eu lhes tivesse chamado esganiçados, nada teria acontecido”.

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