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Pedidos de asilo na UE caíram 10 por cento em 2018 mas solicitações de venezuelanos duplicaram

Os pedidos de asilo feitos a países da União Europeia (UE) voltaram a cair no ano passado pelo terceiro ano consecutivo, para 634.700, com os sírios novamente a predominar e destaque para o dobro das solicitações feitas por venezuelanos.

Segundo o relatório anual do Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo, hoje divulgado em Bruxelas, “pelo terceiro ano consecutivo, em 2018 registou-se uma diminuição dos pedidos de proteção internacional na UE após a crise migratória de 2015”, com uma descida de 10 por cento, que colocou o total de solicitações (634.700) ao nível do verificado em 2014.

Entre as maiores subidas na lista de países com mais pedidos de asilo à UE está a Venezuela, com um aumento de 88 por cento para 22.200, seguindo-se a Geórgia (+72 por cento para 20.000), a Turquia (+48 por cento para 24.500) e o Irão (+37 por cento para 25.400).

No que toca à Venezuela, país que enfrenta uma grave crise política e económica, o relatório refere que “os pedidos de asilo flutuaram consideravelmente ao longo do ano, aumentando acentuadamente no segundo trimestre e descendo nos meses de verão, para aumentar novamente nos últimos três meses do ano”.

Quanto às principais nacionalidades requerentes de asilo, no topo estiveram os sírios, pelo sexto ano consecutivo, num total de 74.800, menos 24 por cento do que em 2017, seguindo-se os afegãos (-4 por cento para 45.300) e os iraquianos (-15 por cento para 42.100).

O Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo observa que foram também os sírios os que obtiveram mais respostas positivas em primeira instância, em 87 por cento dos casos, obtendo a condição de refugiados, dado o conflito no país.

Em 2018, os pedidos de asilo feitos por cidadãos colombianos também aumentaram 210 por cento, mas este ainda não é dos países com mais solicitações.

Também da Geórgia e da Turquia, “os pedidos de asilo cresceram pelo segundo ano consecutivo”, indica o documento.

O Gabinete Europeu de Apoio em matéria de Asilo explica que os cidadãos da Colômbia, da Geórgia e da Venezuela “estão isentos da obrigação de visto ao entrar no Espaço Schengen e foram responsáveis pelo maior aumento do número de requerentes de asilo” entre os países que não necessitam desta autorização.

Ao todo, os países da UE deram aval, em primeira instância, a 593.500 pedidos em 2018, uma descida de 40 por cento face a 2017.

No ano passado, uma em cada três decisões foi, assim, positiva, concedendo aos requerentes o estatuto de refugiado ou dando proteção subsidiária.

Relativamente ao número de pedidos apresentados e que aguardam decisão em primeira instância, também diminuiu para um total de 448.300 solicitações pendentes no final de 2018.

Lusa

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