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Passos não renegociará acordo com a troika após empréstimo ‘amigo’ a Espanha

De acordo com o primeiro-ministro, “não há razão” para que se proceda a uma renegociação dos acordos com a troika. Passos Coelho está a ser pressionado a fazê-lo, depois de a Irlanda ter exigido as mesmas condições que Espanha, no plano de resgate: ajuda financeira sem austeridade. O PS quer que a União Europeia trate Portugal de modo semelhante.

A Espanha acaba de receber um pacote de ajuda financeira de 100 mil milhões de euros, para recapitalizar a banca, sem imposição de medidas de austeridade. A Irlanda já manifestou intenção de renegociar o plano de apoio, mas Pedro Passos Coelho considera que Portugal “não tem qualquer motivo para pedir novas condições”.

O primeiro-ministro português reage deste modo às pressões de que tem sido alvo, por parte da oposição em Portugal, para que proceda a uma renegociação que permita ao país usufruir do mesmo tipo de plano de resgate que Espanha.

“Vamos estar atentos, para ver como se processará o programa de apoio à banca espanhola. Se houver alguma condição excepcional que deva ser partilhada com outros países que estão sob assistência financeira, não tenho dúvida de que isso acontecerá”, sustentou o primeiro-ministro, que participava nas cerimónias do 10 de Junho.

Mas a oposição pede ação a Passos Coelho e não se conforma com esta posição. O secretário-geral do PS, António José Seguro, entende o empréstimo à Espanha prevê condições muito mais vantajosas para a economia.

Nesse sentido, entendem os socialistas, Bruxelas deveria aplicar o mesmo tipo de exigência em todos os países que estejam a ser assistidos. “A União Europeia deve tratar os estados membros do mesmo modo”, salienta Seguro.

E se Passos Coelho não pretende tomar medidas de renegociação, já a Irlanda (que recebeu um pacote de 85 mil milhões) anunciou a intenção de pedir o mesmo tipo de acordo que acaba de ser estabelecido com a Espanha.

Por seu turno, o líder do Governo espanhol prefere usar a dialética para justificar este apoio financeiro de 100 mil milhões de euros para recapitalizar a banca. “É uma linha de crédito para o sistema financeiro e não um resgate ao país”, defende Mariano Rajoy, que não deixou de viajar para a Polónia para assistir ao Espanha-Itália, do Euro’2012 – o que suscitou enormes críticas.

Pedro Passos Coelho vê a recapitalização da banca espanhola como “um passo importante” no sentido da tranquilidade dos mercados. Portugal está mais protegido das turbulências que a crise bancária espanhola poderia provocar na economia portuguesa.

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