A visita de Passos Coelho à Feira do Livro de Lisboa ficou marcada por gritos de protesto de um grupo de manifestantes. Os indignados souberam da presença do primeiro-ministro àquele espaço cultural e aproveitaram para expressar revolta, em virtude das medidas de austeridade do Governo e das recentes declarações sobre o modo como o líder do executivo olha o desemprego: “uma oportunidade”.
Seria muitos desempregados que, ontem, presentearam Passos Coelho com palavras que o próprio classifica de “insultos”. Protegido por um cordão policial, o primeiro-ministro escapou à fúria dos manifestantes indignados.
“Ladrão” foi a expressão mais repetida, dirigida a Passos, que nesta visita à 82ª edição da Feira do Livro da capital se fazia acompanhar de Francisco José Viegas, secretário de Estado da Cultura.
Em declarações aos jornalistas, no local, Passos Coelho explicou que “nunca” se recusou a falar com manifestantes, sendo que desta vez ignorou o protesto porque estava perante “insultos de baixo nível”.
“Já viram o nível destes protestos? Nunca me recusei a falar com as pessoas, mas não posso aceitar insultos”, disse Passos Coelho, neste domingo.
O primeiro-ministro percorreu a Feira do Livro de Lisboa, recebeu e comprou livros, estabeleceu diálogo com diversos cidadãos e ainda ouviu outros lamentos de pessoas que enfrentam dificuldades.
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