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Partilha de dados pessoais na internet é “negligente e ingénua”, alerta a CNPD

A forma como os portugueses partilham dados pessoais na internet é “negligente e ingénua”, no entender da Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD). Um alerta em plano ano de combate à usurpação de identidade, um crime que tem vindo a crescer na internet.

Nunca foi tão fácil “roubar a identidade” de outrem porque “as pessoas disponibilizam” cada vez mais informação pessoal através da internet, explicou a coordenadora do serviço de informação e relações internacionais da CNPD, Clara Guerra.

“Antigamente, quando havia um roubo, quase sempre se recuperavam os documentos”, lembrou a responsável, o que agora não acontece porque “há um mercado de documentos” que permite, com uma identidade falsa, a abertura de contas bancárias, requisitar um empréstimo ou fazer compras.

A forma como as pessoas, empresas e entidades públicas divulgam dados pessoais na internet tem sido “negligente e ingénua”, facilitando a vida aos cibercriminosos. Se souber como e onde procurar, não se admite se o seu nome constar numa lista algures, juntamente com o seu número de identificação (do cartão do cidadão) ou fiscal.

“Hoje a internet é um meio fértil para recolher informações” e até existem “muitas empresas e entidades públicas que divulgam informação pessoal”, alertou Clara Guerra. Ou pior: em nome da transparência, “publica-se na internet”, como fez durante anos o Ministério da Educação, que listava “em página aberta” os nomes de professores em conjunto com os números dos bilhetes de identidade.

“Divulgar o número do bilhete de identidade/cartão de cidadão não é correto” porque “pode ser usado de forma abusiva por terceiros”, insistiu a responsável da CNPD: “A internet representa um repositório muito grande de informação pessoal e, por isso, há riscos acrescidos”.

O fenómeno tem sido agravado pelo crescimento das redes sociais, nas quais os jovens acabam por ter mais cuidados do que os adultos, “que facilmente partilham informações pessoais que lhes podem sair caras”.

“Antigamente, as pessoas preservavam os contactos, os amigos, mas hoje expõem a sua rede, dizem com quem se relacionam, o tipo de relações, a família, os amigos, os colegas de trabalho”, argumentou Clara Guerra, criticando a “falsa sensação de segurança” de redes sociais como o Facebook.

“As pessoas não têm a noção de que aquilo que colocarem nas redes sociais pode influenciar na obtenção de um emprego e também expõem em demasia os filhos”, complementou.

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