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Parlamento bielorrusso só terá deputados fiéis ao presidente Lukachenko

Nenhum deputado da oposição ao presidente conseguiu ser eleito, nas eleições legislativas da Bielorrússia. Alexander Lukachenko, autocrata que silenciou os dissidentes, viu os 110 lugares do Parlamento entregues ao partido que o apoia.

Unanimidade num sufrágio “de fachada” da Bielorrússia, com o partido que apoia Alexander Lukachenko, presidente desde 1994, a garantir a eleição dos 110 deputados do parlamento, depois dos resultados deste domingo.

O resultado eleitoral para a próxima legislatura já mereceu críticas, por uma unanimidade que é considerada “de fachada” e por um cenário político que favorecerá o domínio de um poder opressivo, que cala a voz dissonante.

O ato eleitoral desta antiga república soviética estava manchado antes de ocorrer. A oposição a Lukachenko recomendou os cerca de 9,5 milhões de eleitores a não votar. O objetivo desta abstenção em massa seria um protesto contra a liberdade de expressão vigente no país. A oposição recomendou que os cidadãos fossem “à pesca, ou apanhar cogumelos”, numa tentativa de desvalorizar as eleições, alegadamente manipuladas.

No entanto, de acordo com dados ‘oficiais’, mais de 74 por centos dos eleitores bielorrussos exerceram o seu direito de voto, nestas eleições legislativas.

Alexander Lukachenko considerou que este apelo à abstenção representa um ato “cobarde”, pelo facto de terem desistido “de lutar”. A verdade é que o presidente sabe da fraqueza da oposição e tinha consciência de que a vitória seria esmagadora.

O presidente exerce um poder autocrata, inibe a liberdade de opinião e controla os meios de comunicação social. Alguns dissidentes acabaram por enfrentar pena de prisão, por determinação do regime que dura há quase 20 anos.

Lidiya Yermoshina, chefe da Comissão Central Eleitoral, confirmou na manhã de hoje os resultados: 109 deputados já eleitos, sendo que o que resta será apoiante do partido do presidente.

Na Bielorrússia, existe uma prática pouco ética: o voto antecipado. Trata-se do voto de votos de polícias, militares, professores e estudantes, que são recebidos dias antes da eleição. Houve 26 por cento de votos antecipados…

Na próxima legislatura, o autocrata Alexander Lukachenko terá o parlamento a seus pés, apenas com os deputados que o apoiam. Não haverá rivalidade política no parlamento bielorrusso, sinal que mancha a ‘democracia’ da Bielorrússia.

Redação

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