O estudo, ‘The Price of Offshore Revisited’, foi feito pelo economista norte-americano James Henry para a Tax Justice Network, organização sediada em Londres, cujo objetivo é combater os paraísos fiscais.
A estimativa (21 biliões de dólares) baseia-se nos dados do Banco Mundial, do Fundo Monetário Internacional, do Banco de Compensações Internacionais, e dos governos nacionais. Estes dados incluem apenas o património financeiro depositado em contas bancárias e de investimento, até ao final de 2010, não sendo contabilizadas as propriedades móveis e imóveis.
O valor estimado é equivalente ao tamanho das economias dos Estados Unidos e do Japão juntas. Citado pela BBC, James Henry afirma que, de acordo com as conclusões do estudo, a perda de receitas fiscais é enorme e faria uma diferença significativa para as finanças de muitos países. Esta estimativa é, apesar de tudo, conservadora, podendo este valor ascender aos 32 biliões de dólares (26,3 biliões de euros).
Sublinha, no entanto, que as notícias são muito positivas, na medida em que revelam a existência de uma quantidade de riqueza financeira que poderia ser alocada para resolver os problemas globais mais urgentes.
O estudo acrescenta que, entre a década de 1970 e até ao final de 2010, os cidadãos mais ricos de 139 países em vias de desenvolvimento acumularam em paraísos fiscais entre 7,3 e 9,3 biliões de dólares (entre 6 e 7,7 biliões de euros). Os bancos privados que mais gerem ativos em ‘offshores’, em todo o mundo, são o UBS, o Credit Suisse e o Goldman Sachs.
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