Para os excêntricos, o Euromilhões tem um prémio do outro mundo

Os números do Euromilhões dizem que os portugueses anseiam ser excêntricos. Portugal é o terceiro país com mais prémios e o quarto que mais ‘gasta’ na tentativa de encontrar a fortuna. Nos 10 anos de Euromilhões, assinalados hoje com um primeiro prémio de 100 milhões de euros, os europeus já apostaram um valor de 9,45 mil milhões. Consulte a chave sorteada há minutos.

Nesta sexta-feira assinala-se, com um megajackpot de 100 milhões de euros, os 10 anos do Euromilhões, que acumularam, nesta década de existência, mais de 9,45 mil milhões de euros em apostas.

Portugal é o quarto país que mais contribui para esta soma que o Euromilhões atingiu, nestes 10 anos. E é o terceiro com mais prémios atribuídos, o que justifica este desejo dos portugueses pretenderem tornar-se excêntricos.

Só em Portugal, o primeiro prémio já tornou 52 apostadores em ‘excêntricos’, com o montante acumulado a atingir os 1117 milhões de euros.

Melhor só em Espanha – onde o Euromilhões já saiu em 75 ocasiões – e em França, com 85 apostadores a arrecadarem o primeiro prémio.

Como curiosidade, assinale-se um facto: o mais recente sorteio do Euromilhões, que tinha em jogo 32,9 milhões de euros, tornou excêntrico um jogador de Espanha, com aposta registada em Barcelona.

Mas Portugal é também dos países onde que mais gastam e, além dos dois países já citados, só fica atrás do Reino Unido.

O Euromilhões é, definitivamente, o jogo de fortuna que mais atenção cativa dos portugueses. Depressa cativou os apostadores lusos e europeus, o que proporcionou prémios verdadeiramente excêntricos.

De acordo com dados da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, citados pelo DN, “92 por cento da população adulta portuguesa coloca o concurso como a primeira referência de jogo a dinheiro”.

Ainda segundo a mesma fonte, o Euromilhões é o ‘campeão de vendas’ de todos os que compõem o Departamento de Jogos da Santa Casa – com 51,1 por cento do total de receitas brutas deste departamento.

O Euromilhões foi lançado no ano de 2004, em Espanha, França e Inglaterra. Mais tarde, outros países juntaram-se à elite da fortuna. Além de Portugal, foram eles, Áustria, Bélgica, Irlanda, Luxemburgo e Suíça. São estes os países que constituem a ‘Zona Euro…Milhões’.

Com uma particularidade, em prejuízo do apostador português: em solo luso, há impostos a pagar… Se os 100 milhões de hoje forem parar a um afortunado em Portugal, o Estado ganha 20 milhões de euros, sem registar aposta.

São os 20 por cento de imposto de selo, que são aplicados não apenas no Euromilhões, mas em todos os prémios de jogo.