Os animais “feios” também têm direito a proteção

Um ativista cansou-se de ver tantas campanhas de proteção de animais “fofos” e decidiu fundar uma associação para preservar os animais “feios”. A Ugly Animal Preservation Society, fundada no Reino Unido, é um conceito que associa a preservação animal a espetáculos de humor.

Simon Watt, um apresentador britânico, não entende por que motivo um panda é “fofinho” e serve de mote a várias campanhas de preservação quando há muitas espécies ameaçadas de extinção que, por serem “feias”, são ignoradas. Para combater essa discriminação, fundou a Ugly Animal Preservation Society, que traduzido à letra significa “sociedade de preservação do animal feio”.

Mais do que uma associação, é um conceito: alia a necessidade de preservação das espécies ao humor. O “presidente para a vida”, o próprio Simon Watt, explicou o modo de atuação ao Daily Mail: “através de espetáculos de humor, como ‘stand-up comedy’, promovemos uma conscientização por meio de piadas e atividades do tipo ‘vote no seu animal feio preferido’”.

Um dos “preferidos” do apresentador, ativista e comediante é uma lesma marinha conhecida como “Dançarina Espanhola”. “Costumamos só ligar aos mamíferos porque são fofinhos e peludinhos. Os pandas, tudo bem… Mas se só ligarmos à fauna mais carismática vamos ter uma vida mais chata e difícil”, afirmou.

A missão da associação é “a proteção das espécies naturais mais esteticamente desafiadas”, como a salamandra gigante chinesa ou o sapo do Suriname, que ninguém quer proteger devido “ao aspeto cadavérico”, segundo Simon Watt.