“Quando se diz que este Orçamento não é amigo das empresas, o que se poderia dizer é que não é amigo dos grandes acionistas e não é amigo daqueles que enriquecem a dormir”, afirma Carlos Carvalhas.
Num comentário ao Orçamento de Estado, na TSF, na manhã desta terça-feira, Carlos Carvalhas rebateu a posição da direita parlamentar, que considera que o documento aprovado pela esquerda é mau para as empresas.
“A direita e seus comentadores dizem que este Orçamento não é amigo das empresas. A questão a colocar é esta: se não é amigo das empresas, porque é que com um Governo amigo das empresas o investimento caiu, em média, desde 2012 a 2015, 12,5 por cento?”, questiona, na TSF, num conversa com Fernando Alves.
Segundo lembra o antigo líder comunista, há um inquérito feito semestralmente pelo INE à opinião das empresas. E essa tenta-se saber qual é o fator limitativo do crescimento das empresas era o poder de compra. A principal resposta é a deterioração das perspetivas de venda.
Agora, isso mudou significativamente: “O aumento do poder de compra é um estímulo ao investimento”.
“O que é mais amigo das empresas é o aumento do poder de compra das famílias”
Para Carlos Carvalhas, este Orçamento só é mau para os grandes capitalistas e para os rentistas:
“Quando se diz que este Orçamento não é amigo das empresas, o que se poderia dizer é que não é amigo dos grandes acionistas e não é amigo daqueles que enriquecem a dormir”, conclui.
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