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Oposição são-tomense lamenta incidentes, mas diz que não vai impugnar resultados

O MLSTP-PSD e a coligação MDFM/PCD/UDD – segunda e terceira forças mais votadas nas eleições de domingo – lamentaram hoje os incidentes de segunda-feira à tarde na capital são-tomense, mas rejeitaram a possibilidade de impugnar os resultados eleitorais.

“Lamentamos algumas situações que aconteceram ontem, mas também devemos dizer que, além de ser um caso isolado, foi forçado pela exigência da própria juíza que está violando grosseiramente a lei”, disse Delfim Neves.

Delfim Neves afirmou categoricamente que a oposição não vai impugnar qualquer decisão desfavorável saída do contestado processo de recontagem dos votos nulos em curso na assembleia de apuramento distrital.

“Nós não iremos impugnar as eleições porque temos o resultado que nos convence, o que nós não vamos aceitar é que alguém ganhe no gabinete, e ontem já houve sinais disso”, disse Delfim Neves, vice-presidente do PCD, a mais poderosa força da coligação PCD-MDFM-UDD em conferencia de imprensa conjunta.

Para a coligação, trata-se de cumprir estritamente a lei.

“Nós apenas estamos a exigir que se cinja ao cumprimento da lei. Nós já aceitámos os resultados das eleições que a Comissão Eleitoral anunciou e é preciso deixar bem claro que a comissão de apuramento distrital não substitui as assembleias de voto, pois o sentimento da população já está declarado”, explicou.

Por sua vez, o diretor de campanha do MLSTP-PSD, Osvaldo Vaz, defendeu “a unidade e coesão de São Tomé e Príncipe” no meio deste contexto político.

“Já tínhamos alertado para eventuais fraudes. Quem organizou as eleições é o governo do ADI”, que “já tinha propalado que ganhou com uma maioria qualificada”, mas “os resultados (divulgados pela CEN) foram insatisfatórios para o governo e ai já imaginávamos que tudo poderia acontecer”, lembrou o diretor de campanha do MLSTP, acusando o executivo de querer “forjar uma vitória no gabinete”.

“Mas o povo de São Tomé e Príncipe não vai pactuar, desta vez, com fraudes eleitorais. O MLSTP sempre aceitou os resultados eleitorais mesmo quando sabia que as coisas não estavam perfeitas, porque sempre defendeu a paz, unidade e tranquilidade”, recordou.

Segundo Osvaldo Vaz, a ADI deixou de ser poder no dia 07 e “é preciso respeitar a vontade do povo”.

Por sua vez, Hamilton Vaz, mandatário da oposição, considera que se tratou de impedir a concretização de uma tentativa do partido do governo de subverter a vontade popular.

“Nós travamos um processo ardiloso, orquestrado pelo ADI, que tinha como propósito ditar a vitoria do partido no poder no gabinete”, disse o mandatário.

Lusa

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Lusa

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