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Oposição lamenta “uso abusivo da força policial” em Moçambique

A líder parlamentar do principal partido da oposição em Moçambique lamentou hoje, minutos depois de votar, o que classificou como “uso abusivo” da força policial nos últimos dias de campanha para as eleições autárquicas.

“Nós temos estado a ver um uso abusivo da força policial para reprimir quem tem ideias contrárias a quem está a governar neste momento”, referiu Ivone Soares, líder parlamentar da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo).

A deputada e membro da comissão política da Renamo falava minutos depois de votar na escola do Bairro do Triunfo, em Maputo.

Ivone Soares sublinhou que Moçambique vai ter eleições gerais dentro de um ano e que não pode haver violência.

“Esperemos que isso não volte a acontecer”, concluiu.

A líder parlamentar fazia referência a incidentes entre membros da Renamo e forças policiais ocorridos no último dia de campanha na capital provincial de Tete, no interior do país.

O secretário-geral do principal partido da oposição, Manuel Bissopo, cabeça de lista nas eleições autárquicas ao município da Beira, falou hoje de manhã, em declarações aos jornalistas, de alegadas suspeitas de fraude.

“Vamos controlar [o processo eleitoral], vamos coordenar as equipas que estão no terreno, para evitar que qualquer tipo de fraude aconteça. Sabemos que, ao nível da cidade [da Beira] há tentativa de introdução de votos nas urnas, mas nós vamos desdobrar-nos para controlar”, disse.

“Apelamos a todos, sobretudo aos membros das mesas de voto para não aceitarem fazer fraude”, acrescentou o dirigente da Renamo.

Um total de 3.910.712 eleitores escolhem hoje os presidentes dos 53 conselhos autárquicos de Moçambique e respetivos membros das assembleias municipais, para as quintas eleições autárquicas na história do país.

Nas eleições municipais de 2013, a Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), que governa o país desde a independência, em 1975, conquistou 49 dos 53 municípios e o Movimento Democrático de Moçambique (MDM) venceu em quatro, nas capitais provinciais de Beira, Nampula e Quelimane e na autarquia de Gurué.

Na altura, aRenamo não concorreu às eleições, em discordância com a lei eleitoral e os órgãos eleitorais que essa legislação criou.

Desta vez, a Renamo participa na votação, depois de já ter participado e vencido a eleição intercalar de Nampula, principal cidade do norte do país, no início do ano.

Lusa

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Lusa
Etiquetas: ÁfricaMoçambique

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