A ONU aprovou uma resolução que tem como objetivo combater a mutilação genital feminina. É a primeira resolução, que combate um problema que afeta cerca de 140 milhões de mulheres, em todo o mundo.
Este projeto de resolução sugere aos países da ONU que tomem medidas punitivas, contra a mutilação genital das mulheres, e que desenvolvam ações de esclarecimento sobre os malefícios dessa mutilação.
Trata-se de uma ferramenta muito poderosa para vencer a hesitação dos países em proibir esta prática”, assinala Cesare Ragaglini, embaixador italiano na ONU.
A mutilação genital feminina é uma prática realizada em diversos países do mundo, sobretudo em África e na Ásia. Consiste na amputação do clitóris, para que a mulher não sinta prazer durante o ato sexual.
Esta circuncisão feminina, combatida pela civilização ocidental e agora pela ONU, com esta resolução, é considerada uma forma inaceitável e ilegal da modificação do corpo, infligida a menores de idade, quase sempre, mulheres que não têm informação sobre a intervenção cirúrgica a que vão ser sujeitas.
A mutilação genital feminina – que acarreta riscos de saúde da mulher, quase sempre irreversíveis – é feita em mais de 20 países de África, Europa e América. Apesar de ser reconhecidamente uma prática brutal, a ONU ainda não a tinha condenado, o que sucede agora, com esta resolução aprovada em assembleia geral das Nações Unidas.
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