FESAP quer concertar posições com restantes estruturas sindicais

A Federação dos Sindicatos da Administração Pública (FESAP) lançou um hoje um repto às restantes estruturas representativas dos trabalhadores do Estado para concertar posições na contestação à proposta de aumentos salariais do Governo para 2020.

“Decidimos ontem [quinta-feira] lançar o repto às outras estruturas sindicais para nos sentarmos e concertarmos posições para que se faça um grande protesto relativamente a esta atitude e esta visão miserabilista do Governo em relação aos trabalhadores da Administração Pública, para que se reforce a negociação e o Governo possa pensar em alterar esta situação”, disse José Abraão hoje aos jornalistas.

“Não podemos antecipar o que podemos vir a fazer, mas estamos disponíveis para acertarmos posições”, disse.

As três estruturas sindicais foram hoje recebidas pelo secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, no âmbito da reunião suplementar de negociação coletiva agendada pelo executivo antes de apresentar a proposta de Orçamento do Estado (OE) à Assembleia da República.

O objetivo da FESAP é convergir “num grande protesto”, uma vez que “não é aceitável que se peça sacrifício aos trabalhadores da Administração Pública de perda de poder de compra e de desvalorização de carreiras durante todos estes anos”.

“Precisamos de unidade na ação e não vamos desistir de ir à Assembleia da República e falar com os partidos”, disse José Abraão.

Durante a reunião e considerando a proposta apresentada pelo executivo “ridícula”, a FESAP baixou a sua contraproposta de 3,5 por cento para 2,9 por cento e pediu uma atualização das ajudas de custo e do subsídio de refeição.

O secretário de Estado da Administração Pública, José Couto, informou a estrutura que estava apenas mandatado para confirmar o aumento nominal de 0,3 por cento nos salários dos trabalhadores da Administração Pública, mas comprometeu-se a levar a contraproposta da FESAP à ministra do Trabalho para que esta seja apreciada no sábado em reunião do Conselho de Ministros.

Antes, a Frente Comum (CGTP), que abandonou a reunião por exigir 90 euros de aumento salarial em 2020, disse que vai discutir ações “de luta” no dia 19 e o STE (UGT) admitiu também que há várias questões que devem preocupar os trabalhadores não apenas do público, mas também do privado e que “os trabalhadores deverão decidir o que fazer a partir daqui”.

Lusa

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Etiquetas: OE2020

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