Nas Notícias

“Nunca conseguirei agradecer a onda solidária”, diz Daniel

Daniel Raimundo, um doente oncológico que pediu para morrer em Portugal, admitiu que “nunca” conseguirá agradecer a onda solidária que o tem rodeado e o tem deixado “feliz” e com “mais força” para lutar.

Antigo taxista, Daniel Raimundo também trabalhou em logística na distribuição até ter mudado para a Bélgica, local onde procurava um futuro melhor.

Mas a vida pregou-lhe uma ‘rasteira’ e o diagnóstico de cancro em fase terminal deixou-o sem chão e com vontade de voltar à terra que o viu nascer.

Sem possibilidades financeiras para o fazer, até porque necessitava de acompanhamento em viatura especializada face à doença, acabou por ser transportado pelos bombeiros.

Um pedido de ajuda no Facebook para voltar a Portugal tocou o coração dos portugueses mas não só.

Um pouco por todo o mundo as pessoas mobilizaram-se para ajudar este português que recorda como soube do aparecimento da doença, no ano de 2017.

“Marquei [exames] em outubro e fui chamado em novembro. Na altura não foi detetado qualquer tipo de célula cancerígena. Em dezembro é que começou tudo a piorar para mim. Falta de apetite, falta de força”, explicou em declarações ao portal Impala.

Na Bélgica, Daniel Raimundo fez TAC’s, biopsias, endoscopia, entre outros exames, que confirmaram o pior dos cenários.

“Os médicos estavam a querer dar-me a notícia daquela forma como eles falam. E fiz uma pergunta direta: É cancro? E disseram-me ‘é e é um cancro muito mau'”, disse, explicando que contou sempre com o apoio dos médicos na Bélgica.

“Qualquer que fosse a minha decisão os médicos iam-me apoiar”, revelou o homem de 43 anos, explicando como reagiu à notícia da doença.

“Não reagi mal porque eu vejo tanta gente com cancro que recupera.”

Porém, ainda em território belga, lembra o dia em que sentiu que precisava de voltar a Portugal.

“Comecei a cair em mim, chorei muito, pensei muito”, recorda.

Apesar do cenário complicado que enfrenta, Daniel Raimundo voltou ao país amado e é por cá que vai cumprindo os seus sonhos, como por exemplo pisar o relvado do estádio do ‘seu’ Sporting.

Agora, é com esperança que encara o futuro e, perante a onda de solidariedade, Daniel Raimundo desabafa o que lhe vai na alma.

“Não tenho como agradecer. Nunca.”

“Sinto-me muito bem, feliz”, referiu Daniel Raimundo, que tem tido a casa cheia de familiares e amigos.

“Só me faz bem estar com as pessoas. Só me faz bem falar, chorar, rir”.

Redação

Partilhar
Publicado por
Redação
Etiquetas: CancroSolidariedade

Artigos relacionados

Números do Euromilhões de hoje: Chave de sexta-feira, 3 de maio de 2024

Conheça os resultados do sorteio do Euromilhões. Veja os números do Euromilhões de 3 de…

há % dias

Portugal é o sétimo país europeu mais atrativo para investir em hotelaria

O estudo ‘2024 European Hotel Investor Intentions Survey’, levado a cabo pela CBRE, concluiu ainda…

há % dias

Euro Dreams resultados: Chave do EuroDreams de quinta-feira

Euro Dreams Resultados Portugal: A mais recente chave do EuroDreams é revelada hoje. Conheça os…

há % dias

3 de maio, nasce Maquiavel, que combate a ética cristã

Nicolau Maquiavel nasceu em Florença, Itália, a 3 de maio de 1469. Historiador, poeta, diplomata…

há % dias

2 de maio, morre Leonardo da Vinci, o maior génio da História

Leonardo da Vinci recorda-se a 2 de maio, dia da morte do maior génio da…

há % dias

Ciberataques ao setor financeiro aumentaram 53% devido ao aumento dos serviços bancários online

O relatório Threat Landscape Report, da S21sec, garante que os atacantes adaptaram as suas técnicas…

há % dias