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Novas provas do caso voo MH17 revelam contactos entre Rússia e rebeldes ucranianos

A equipa internacional que conduziu a investigação sobre a queda do voo MH17 em 2014 no leste da Ucrânia divulgou hoje novas provas que apontam para contactos muito frequentes entre a Rússia e os rebeldes separatistas ucranianos.

O voo MH17, um aparelho Boeing 777 da companhia aérea Malaysia Airlines, despenhou-se em 17 de julho de 2014 quando sobrevoava um território controlado por separatistas pró-russos no leste ucraniano, cenário de um conflito armado.

As 298 pessoas a bordo do avião, que fazia a ligação Amsterdão–Kuala Lumpur, – maioritariamente holandeses (196) – morreram.

A equipa de investigadores internacionais, liderada pela Holanda, revelou hoje “novas conversas telefónicas gravadas entre líderes separatistas da (designada) República Popular de Donetsk [no leste ucraniano] e altos responsáveis russos”.

Perante estes novos registos, os investigadores internacionais querem ouvir novamente testemunhas para esclarecer as circunstâncias destes contactos.

Segundo a equipa de investigadores, estas novas provas revelam que “a influência russa na República Popular de Donetsk foi além do apoio militar”.

“As evidências de laços estreitos entre representantes do Governo russo e os líderes da República Popular de Donetsk levantam questões sobre o seu eventual envolvimento no estabelecimento do BUK-Telar [sistema de mísseis antiaéreos desenvolvido pelos russos] que causou a destruição do avião”, referiu o chefe da unidade criminal da polícia holandesa, Andy Kraag.

Segundo este comité internacional de investigação, que também integrou investigadores da Austrália, Bélgica, Malásia e Ucrânia, o aparelho da Malaysia Airlines foi abatido por um míssil BUK proveniente da 53.ª brigada antiaérea russa, baseada em Kursk (oeste da Rússia).

Em junho passado, este comité internacional acusou formalmente três russos (Sergei Doubinski, Igor Guirkine e Oleg Poulatov) e um ucraniano (Leonid Khartchenko) pela queda do voo MH17.

O julgamento dos quatro suspeitos, acusados de homicídio, deverá começar em março de 2020 na Holanda, país que responsabiliza a Rússia pela participação na destruição do avião.

É muito provável que os suspeitos sejam julgados à revelia (com a ausência dos réus), uma vez que a Rússia e a Ucrânia não permitem a extradição dos seus cidadãos para serem julgados no estrangeiro.

Em junho passado, e em reação à decisão do comité de investigação internacional, o Presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que “não havia provas” sobre a implicação da Rússia na queda do voo MH17.

“O que foi apresentado como provas de responsabilidade da Rússia, não nos convence absolutamente. Acreditamos que não há provas”, disse então Putin à comunicação social.

Lusa

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Lusa
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