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“Nem a senhora Merkel quer tomar conta de Portugal” sem “a almofada” das instituições sociais

Se as instituições de solidariedade social encerrarem por causa da crise, “nem a senhora Merkel quer tomar conta de Portugal”, antecipa o presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. Para Lino Maia, “infelizmente, é inevitável” o aumento da pobreza.

O presidente da Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade (CNIS), Lino Maia, exige ao Governo que comece “a apostar claramente no crescimento”, com “serviços de proximidade, particularmente nas zonas mais deprimidas”, e que nem precisa de realizar “grandes investimentos”, tanto mais que estes, “muitas vezes, favorecem as grandes empresas”.

Nessas zonas, acrescentou, o Governo poderia aproveitar o trabalho que tem sido desenvolvidos pelas instituições de solidariedade, as quais estão sempre “disponíveis para dar as mãos por um projeto”. “Sem aumentar custos”, esses projetos conjuntos “nas áreas mais deprimidas e mais desertificadas” serviriam para “criar emprego, fixar população e esperança”.

As declarações de Lino Maia foram proferidas à saída da Assembleia Geral da CNIS, em Fátima. Citado pela Lusa, o dirigente criticou o Orçamento do Estado para 2013 – “não abre janelas de crescimento” – e considerou que, “infelizmente, é inevitável” que o número de pobres continue a aumentar em Portugal: “tem vindo a aumentar sempre e este Orçamento do Estado não abre janelas ao crescimento. Só com crescimento é que poderíamos pensar em mais empregos e mais esperança”.

O aumento da pobreza coloca em risco a própria missão das instituições sociais, que demonstram maiores dificuldades em dar resposta à situação. E, sem “almofada” social, nem a chanceler da poderosa Alemanha iria ter interesse no país: “as instituições de solidariedade social são a almofada deste país. Se elas fecharem as portas vamos entregar o país a quem? Acho que nem a senhora Merkel quer tomar conta de Portugal”.

Um Portugal em que as mais de 2500 associadas da CNIS respondem a 70,3 por cento das respostas sociais, de acordo com os dados da confederação. Um sinal, referiu Lino Maia, de que as instituições de solidariedade conseguem trabalhar mesmo em condições de “concorrência desleal”, como acontece no pré-escolar.

“Há famílias a retirar os filhos das instituições porque estão desempregadas e existem casos em que há quase uma concorrência desleal de centros escolares que foram sendo abertos”, acusou o presidente da CNIS.

Redação

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