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NATO junto às fronteiras da Rússia é “a maior ameaça militar”

A Rússia sabe que “a fiabilidade dos parceiros do Ocidente é uma coisa temporária”. Depois da NATO ter anunciado uma força de reação rápida para a Europa de Leste, o Kremlim responde elevando a aliança atlântica ao grau de “maior ameaça militar à Federação Russa”.

A Rússia responde com linguagem bélica ao discurso bélico da Organização para o Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla internacional). Depois de Anders Fogh Rasmussen, o secretário-geral da aliança atlântica, ter anunciado a criação de uma força de reação rápida para a Europa de Leste (leia-se Ucrânia), a Rússia colocou a NATO como uma possível “ameaça militar”.

“Não tenho dúvidas de que a ocupação das nossas fronteiras pela infraestrutura militar da NATO, através da expansão da aliança, vai continuar a figurar entre as maiores ameaças militares à Federação Russa”, afirmou o vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Mikhail Popov, numa entrevista à agência estatal RIA Novosti.

Ainda na semana passada o Presidente russo, Vladimir Putin, lembrou que a Rússia “podia tomar Kiev em duas semanas”. O comentário surgiu depois da Ucrânia insistir na tese da invasão russa, com Putin a deixar subentender que, se quisesse mesmo, a anexação da Ucrânia seria um conflito de poucos dias.

O anúncio da nova estratégia militar russa consolida o cada vez maior afastamento entre a potência euroasiática e o bloco atlântico, sobretudo após a suspensão das conversações entre embaixadores em abril, na sequência da independência da Crimeia e posterior adesão desta península à Federação Russa.

“A vida mostra-nos que a fiabilidade dos nossos parceiros do Ocidente é uma coisa temporária, e está, infelizmente, intimamente relacionada com a situação política”, argumentou Popov.

Desde 2010, numa altura em que o Presidente era o atual primeiro-ministro, Dmitri Medvedev (uma troca de um mandato para Putin contornar uma proibição constitucional), que a Rússia assumira uma estratégia militar “estritamente defensiva”.

De então para cá, o país tem procedido a “ajustamentos motivados por ameaças e desafios reais enfrentados pela Rússia”, elevados agora ao máximo com a intenção da NATO em colocar tropas junto às fronteiras russas.

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