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Natalidade: é “muito preocupante” que em Portugal se registem cada vez menos nascimentos

A crise em Portugal não é ‘apenas’ financeira e social: é também demográfica. Os nascimentos são cada vez menos e 2012 será o ano com menos bebés ‘made in’ Portugal. O envelhecimento do país é uma situação “muito preocupante”, como admite Laura Vilarinho.

novembro de 2007. Em visita ao distrito da Guarda, o Presidente da República, Cavaco Silva, perguntou: “o que é preciso fazer para que nasçam mais crianças em Portugal?” Cinco anos volvidos, a pergunta do chefe de Estado continua sem resposta. Pela segunda vez nos últimos anos, o número de nascimentos no país não passa da marca dos 100 mil. Pior ainda: segundo as indicações do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce, 2012 será mesmo o ano com menos ‘novos portugueses’ desde o início dos registos demográficos.

Laura Vilarinho, diretora do programa do Programa Nacional de Diagnóstico Precoce (mais conhecido como “teste do pezinho”, ato clínico de despistagem de doenças), referiu que até setembro só foram feitos 67 mil testes. Foram menos 6500 bebés do que em igual período do ano passado, o que torna a “evolução da natalidade em Portugal muito preocupante”, como referiu à TSF.

Os dados deste Programa não são finais nem oficiais (essa competência é do Instituto Nacional de Estatística), mas como o teste do pezinho é realizado entre o terceiro e sexto dia de vida do bebé permite traçar mais rapidamente a evolução da natalidade. Os dados deste ano, disse Laura Vilarinho, apontam para que o número de nascimentos não chegue sequer aos 90 mil. Em 2011, foi de 97.200, tendo sido o primeiro ano, nos tempos mais recentes, em que não se superou a marca dos 100 mil nascimentos.

Em 2009, só na Alemanha a taxa bruta de natalidade (recém-nascidos por cada mil habitantes) foi inferior à de Portugal, segundo os dados do Eurostat. Na década entre 1999 e 2009, o gabinete de estatísticas da União Europeia registou uma quebra desta taxa, em Portugal, no valor de 19,7 por cento.

Com cada vez menos bebés para povoar o território, o país vai envelhecendo e ficando mais desertificado. “Um país sem crianças é um país sem futuro”, dizia o Presidente da República, nesse mês de novembro de 2007. No ano passado, Portugal perdeu 5986 pessoas, no balanço entre os que morrem e os que nascem, designado por saldo natural.

Redação

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