“Não é suficiente”, diz advogado de Bárbara sobre a pena pedida para Carrilho

Pedro Reis, advogado de Bárbara Guimarães, considera que a pena pedida pelo Ministério Público (MP) para Manuel Maria Carrilho (três anos de prisão, mas com pena suspensa) “não é suficiente”.

Nas declarações aos jornalistas, depois da audiência de alegações na instância local criminal de Lisboa, o defensor da apresentadora afirmou que só uma pena efetiva de prisão “credibilizava a justiça”.

“Acho que não é suficiente, mas fica em suspenso com o cúmulo jurídico do acórdão do outro processo e isso vai acontecer mais tarde ou mais cedo”, afirmou Pedro Reis, referindo-se ao processo em que Carrilho foi condenado a quatro anos e meio de pena suspensa.

O advogado de Bárbara Guimarães manifestou confiança de que, com a transição em julgado de ambos os processos, o cúmulo jurídico “pode dar pena efetiva” para o ex-ministro.

Pedro Reis elogiou ainda as alegações da procuradora, que “trouxeram ao de cima a verdadeira e real personalidade do arguido” e deram como provados, na generalidade, mais de 100 factos que constam da acusação.

“Está um pouco veiculado no público a ideia de que há um peso e duas medidas conforme o estatuto socioeconómico das pessoas e era bom que as pessoas com estatuto superior, como é o caso do arguido, aprendessem a viver com decência e de uma forma civilizada”, acrescentou o representante de Bárbara Guimarães.

Neste processo, Manuel Maria Carrilho está acusado de um crime de violência doméstica e 22 crimes de difamação.