Categorias: Economia

“Não pagamos”, responde Cameron às exigências de Bruxelas

A Comissão Europeia quer que o Reino Unido entre com mais 2000 milhões de euros para as finanças comunitárias, deixando o primeiro-ministro britânico “verdadeiramente furioso”. “Não vamos puxar do livro de cheques e passar um de 2000 milhões”, afirmou David Cameron.

As finanças voltam a opor o Reino Unido à Comissão Europeia. Bruxelas queria aumentar a quota britânica para as finanças comunitárias, em 2100 milhões de euros, um valor “inaceitável” para o Governo britânico.

No vídeo da conferência de imprensa, vê-se Cameron a classificar

“É completamente inaceitável que se apresente uma conta destas com tão pouco tempo para pagar”, afirmou David Cameron, que estava “verdadeiramente furioso” na conferência de imprensa sobre a cimeira da União Europeia.

“Isto não é forma aceitável de [a Comissão Europeia] se comportar”, acrescentou o primeiro-ministro britânico.

Confrontado com a exigência europeia de pagamento adicional, Cameron lembrou que o Reino Unido contribuiu com “1000 milhões” para o combate ao Ébola para sustentar que, nesse capítulo, não existiu uma união europeia.

“Andei à volta da mesa, olhei os colegas nos olhos e disse-lhes: pagámos mil milhões para combater a crise do ébola, pusemos o dinheiro sobre a mesa, enviámos médicos, pusemos tropas em movimento”, afirmou: “O que é que vocês contribuem para isso?”

O governante britânico recordou ainda que existem firmas – citando a Ikea como exemplo – que “pagaram mais para isso do que alguns países membros da União Europeia”.

“Não vamos puxar de repente do nosso livro de cheques e passar um cheque de dois mil milhões de euros. Isso não vai acontecer”, garantiu David Cameron.

A revolta do Reino Unido tem por base a disparidade de tratamento de Bruxelas para com os estados membros. Enquanto uns são ‘convidados’ a pagar mais 2100 milhões de euros, a Alemanha vai receber uma devolução de 780 milhões, devido ao crescimento do PIB ter ficado abaixo do previsto.

Também o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, criticou o pagamento adicional que Bruxelas exige só a alguns dos estados. No caso da Holanda, terá de pagar mais 642 milhões de euros.

“No caso da Grã-Bretanha e da Holanda, o PIB de 2014 foi muito mais alto do que eles próprios tinham pensado no princípio do ano, pelo que a contribuição tem de ser mais alta”, justificou o comissário europeu do Orçamento, através do porta-voz, Jacek Dominik.

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