Economia

“Não há espaço para complacências, sobretudo em Portugal”, diz FMI

O diretor-adjunto do departamento de Assuntos Fiscais do Fundo Monetário Internacional (FMI) considerou hoje à Lusa que a consolidação orçamental em Portugal “está a progredir bem”, mas alertou para que não há espaço para complacências.

“Não há espaço para complacências, em todos os países e particularmente em Portugal, onde o rácio da dívida pública sobre o PIB [Produto Interno Bruto] continua muito alto, nos 126 por cento, e é o terceiro maior da Europa”, disse Abdel Senhadji.

Em declarações à Lusa em Washington, à margem dos Encontros da Primavera, que decorrem esta semana na sede do FMI e do Banco Mundial, o diretor adjunto do departamento liderado pelo ex-ministro Vítor Gaspar vincou que “as perspetivas económicas para Portugal melhoraram significativamente no último ano, o crescimento subiu bastante, em linha com a recuperação na Europa, a inflação também evolui positivamente e a consolidação orçamental está a progredir bem”.

FMI alerta para a dívida pública portuguesa, que atinge os 126 por cento do PIB.

No entanto, continuou, é preciso “manter um progresso sustentado e as reformas estruturais que tragam o rácio da dívida face ao PIB para uma trajetória descendente, isso é importante”.

Questionado sobre se a melhoria dos indicadores económicos atualmente se deve principalmente às alterações políticas do Governo atual ou às reformas adotadas quando Portugal esteve num programa de assistência financeira, Abdel Senhadji disse que há dois fatores.

“Há dois fatores, um é que as políticas perseguidas ajudaram certamente a perspetiva atual, melhor do que há dois anos e há um ano, mas há outro puramente externo que temos de reconhecer, que é a melhoria na atividade económica, que é uma melhoria no crescimento económico em geral, e na Europa em particular, que ajudou o desempenho em Portugal”, disse o responsável.

“A melhoria da performance económica em Portugal é devida, a um certo ponto, à melhoria cíclica, e é por isso que é importante trabalhar nas reformas estruturais para fazer descer a dívida, porque o ambiente favorável pode não melhorar, e não há tempo para complacência, agora é a altura certa para se fazer a coisa certa, mesmo que a coisa certa seja, às vezes, a coisa difícil”, concluiu.

Lusa

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