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“Não foi um copinho a mais”

Os primeiros dados da recolha de provas da GNR ao condutor envolvido no acidente que vitimou a cantora Claudisabel mostram que o homem estava alcoolizado, de acordo com o que avança o Correio da Manhã.

Deste modo, o condutor poderá ter de responder na Justiça, mas só depois de sair o resultado da contraprova através da recolha de sangue efetuada ao homem de 50 anos cujo veículo que conduzia atropelou Claudisabel.

O teste está ao cuidado do Instituto de Medicina Legal e, como é comum nestas investigações, servirá também para realizar o despiste de eventuais drogas, isto enquanto as autoridades estão a fazer a reconstituição do acidente.

Paula Varandas, advogada, diz que é preciso ir mais a fundo neste caso para perceber o que terá acontecido naquela madrugada.

“A taxa de álcool no sangue que ele tinha até adianto que era algo elevada. Não foi um copinho a mais.”, afirmou a advogada, mostrando-se perplexa que o Ministério Público possa pensar em levar o caso à Justiça por negligência.

“Então este indivíduo coloca-se numa posição de beber copos, pegar num veículo, mata da forma que matou a vítima Claudisabel – não é por ser a Claudisabel, é uma pessoa – e o Ministério Público, fazendo fé na notícia, vem, eventualmente, [para] ser acusado de homicídio por negligência? De um a cinco anos? Pena suspensa?”, questiona a advogada.

Paula Varandas pergunta a respeito do condutor: “Não se colocou a beber e pegar no carro?”. “É por aí que temos que ir. Se calhar ainda lhe vamos pedir desculpa”, comentou Paula Varandas, na SIC.

A advogada disse ainda que não quer acreditar que o Ministério Público “vá acusar este indivíduo por negligência”, esperando que, se os testes confirmarem que existia álcool, este seja acusado de forma diferente do que tem sido notificado.

“Então este fulano bebe uns copos e é negligente?”

“Ele leva com duas que é condução sob o efeito de álcool, juntamente com o homicídio que ele acabou por cometer. Pelo menos o homicídio simples. Pelo menos. Eu não digo o qualificado”, referiu Paula Varandas.

A advogada explicou depois as eventuais molduras penais que o condutor poderá incorrer.

“O simples [tem uma pena de] 12 anos. O negligente até cinco anos, vai-te lá embora com pena suspensa, ficas sem a carta dois anos e segue a tua vida”, declarou.

“Então este fulano bebe uns copos, mata e é negligente?”, questionou a advogada Paula Varandas sobre o acidente que vitimou Claudisabel.

“Ele colocou-se nesta posição”, acrescentou Paula Varandas, admitindo que esta possa também ser uma fase na qual o condutor possa necessitar de ajuda de especialistas.

“Também quero acreditar que o arguido não esteja bem psicologicamente”, completou, não sem antes destacar que isto foi “o minuto errado, a hora errada”, disse Paula Varandas, aconselhando as pessoas sempre que necessário a pararem nas estações de serviço das autoestradas.

De resto, existem manuais de recomendações sobre o que fazer em caso de avarias ou acidentes na autoestrada.

A cantora Claudisabel, recorde-se, morreu a 19 de dezembro de 2022 na A2. O carro da artista foi projetado e ficou imobilizado a cerca de 40 metros do local do embate.

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