João Matos Fernandes, ministro do Ambiente e Ação Climática, garantiu que não sairá “um tostão” dos fundos europeus da energia para a descontaminação dos terrenos da refinaria da Galp em Leça da Palmeira, Matosinhos.
“Não daremos um tostão para isso. Essa é responsabilidade da Galp”, afirmou o governante, em audição, por videoconferência, na comissão parlamentar do Ambiente.
O ministro admitiu que parte dos fundos europeus para a Transição Justa podia ser atribuído para a descontaminação da refinaria, que foi fechada e será desmantelada ao longo dos próximos três anos, por considerar que os encargos com compensações aos trabalhadores e descontaminação de terrenos são da responsabilidade da Galp.
Após 50 anos de atividade petroquímica, os solos “obviamente contaminados”, salientou Matos Fernandes, prometendo que a tutela vai estar atenta ao processo.
Com o encerramento da refinaria, cerca de 400 trabalhadores vão ser despedidos, o que só deverá ocorrer daqui a três anos, com a conclusão do desmantelamento.
A propósito dos trabalhadores, o ministro criticou a forma como o Galp tem conduzido o processo.
“Não me peçam para achar bem que o anúncio [do encerramento da refinaria] tenha sido feito na véspera de Natal e que o patrão Galp não tenha reunido com os seus trabalhadores”, afirmou.
Tirando a situação dos trabalhadores, o encerramento da refinaria é “uma boa notícia”, concluiu Matos Fernandes.
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