Categorias: Economia

Com mulheres em cargos de liderança, empresas têm mais lucro

As questões da igualdade no género são sempre relevantes, no seio empresarial ou fora dele. Dentro das empresas, quando o lucro é o objetivo, só há um caminho a seguir: mais mulheres nos cargos de liderança, por favor!

Um amplo estudo do Peterson Institute for International Economics associa a presença de mulheres nos cargos de liderança a melhores resultados financeiros das empresas.

De acordo com o estudo, que analisou uma base de dados com mais de 22 mil empresas de 91 países, as empresas que decidiram aumentar em 30 por cento a quota de mulheres em lugares de chefia viram aumentar os ganhos: em média, mais 15 por cento de lucros.

Mas se a quantidade de mulheres é relevante, já o facto de o líder da empresa ser mulher ou homem não apresenta quaisquer vantagem ou desvantagem.

Ou seja, de acordo com aquele instituto, importa ter uma equipa de mulheres nos cargos de gestão, mas não é importante que a empresa seja uma mulher.

Mas o Peterson Institute for International Economics vai mais longe e destaca a importância de este papel da mulher ser relevado desde a infância, nas escolas e faculdades, e não apenas quando elas chegam ao mundo empresarial.

Os autores do trabalho apontam como razão para estes resultados o facto de a presença das mulheres trazer à liderança uma maior variedade de aptidões e uma visão que os homens não têm. A presença masculina não é má, ao contrário da ausência da estratégia feminina.

O estudo conduz-nos também à realidade das percentagens de homens nos cargos de liderança. Cerca de 60 por cento das empresas analisadas não têm mulheres nos conselhos de administração. E mais de metade das empresas só apostam em homens para o topo da hierarquia. Somente em quatro por cento das companhias se encontra uma CEO.

A diferença salarial também deve ser abordada, neste texto: as mulheres ganham menos 24 por cento do que os homens, em média.

A imposição de quotas de mulheres não é aconselhada – alguns países, como Noruega, Finlândia e Dinamarca, impõem essas regras.

Os autores do estudo consideram que, mais do que impor a presença feminina, “importa, a longo prazo, alcançar a diversidade, sem que seja necessário um decreto”.

“É importante investir em políticas de educação que combatam a discriminação”, realçam os autores da pesquisa.

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